Março de 2022 — Um mês governado pelo número 9

O regente 9

Tudo na vida acontece em ciclos, em ritmos próprios e cadências específicas. O 9 marca a transição de uma qualquer etapa, seja ela correspondente a um facto que poderemos considerar insignificante, seja a um evento em larga escala.

O 9 marca o fim, ou a dissolução de um acontecimento, de uma experiência, de um modo de vida, de um estado de espírito, de uma filosofia de vida, de um conceito, de um facto científico, de um relacionamento, de um governo, de uma nação, de uma civilização, etc., para dar lugar a novas formas de ser e estar, novas experiências, novos acontecimentos, etc.

O nascimento de uma planta ou de uma estrela têm o mesmo princípio: tudo começa numa semente. Ambas têm um percurso de vida idêntico: desenvolvem-se, crescem, definham e morrem, em escalas bem diferentes, é certo, mas tudo o resto é idêntico.

Para nós, que aprendemos a medir o tempo e a encaixá-lo de forma a servir um propósito, talvez a maior diferença nas suas vidas, esteja na duração de uma e de outra (planta e estrela), mas para quem quebra a barreira do tempo através de estados alterados de consciência, por exemplo, nem mesmo essa questão se coloca.

Este mês marca o final e o recomeço de uma nova era, que coloca em movimento as forças que orquestram a vida nos bastidores, sem que a maioria dos comuns mortais se aperceba.

O 9 está associado a grandiosas transformações, nem sempre pacíficas, como se sabe; a grandes revoluções, guerras, etc. Por exemplo no séc. IX (9) surge o primeiro livro impresso na China; assinala-se o Tratado de Verdun em agosto de 843; e o fim da cultura Maia. Já no séc. XVIII (18=1+8=9), dá-se a Revolução Francesa (1789) e as Guerras Napoleónicas.

Posteriormente, e em pleno séc. XX, mais concretamente a 13 de maio de 1917 surge a primeira aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos (curiosamente a data de 13/05/1917 soma um 9 [redução de 27]); os EUA entram no final desse mesmo ano, na Primeira Guerra Mundial.

São apenas alguns exemplos e muitos haverá com toda a certeza, porém estes ilustram a magnitude e a força desta frequência que vem alterando a História ao longo de milénios. Todos sabemos o impacto que teve na história da religião o aparecimento de Maria, aos Pastorinhos, todos conhecemos, as consequências da Primeira Guerra Mundial ou a importância de perpetuar conhecimentos ou informações de áreas tão diversas, como a medicina, a ciência, a filosofia, a matemática, a arte, através de livros, jornais, revistas, etc.

Nesta medida (e não procuro justificar nada), aponto apenas um padrão, e, cá estamos de novo em pleno século XXI (21 = 2+1=3), em 2022 (2+2+2 = 6) (3+6 = 9), num mês 9, a enfrentar mais um desafio gigante que se espera mude o rumo das mentalidades, não uniformizando povos, nações ou tribos, mas bordando um mapa de mil cores em que cada um contribua de forma responsável e amadurecida (6), fruto das experiências do passado, para um mundo novo (9) (em latim, nove é “novum” a raiz da palavra “novo”); um mundo que se espera, espelhe o melhor de cada ser humano, o melhor de cada egrégora humana, enquanto tribo, enquanto povo.

Esperam-se novas formas de união (9) entre povos que se respeitem (6) e honrem mutuamente, capazes de se integrar num todo (9), sem, no entanto, abdicarem da sua identidade enquanto povo. Integridade e sabedoria para agir, para construir um novo mundo, uma nova Terra, um novo paradigma.

O 9 tem uma associação clara a tudo o que é “estranho” (o que é estranho, na realidade é novo, e por ser novo é que se estranha ou não se entende). Está na hora de pelo menos tentar conhecer aquilo que é estranho, em vez de se optar por exterminar, criticar, julgar, etc., que também são características do 9, no seu lado sombra.

O 9 apela à união e cooperação entre povos, às relações com o estrangeiro, procura chegar à melhor solução — aquela que sirva a todos, numa visão ampla, abrangente, que inclua tudo e todos e que não descarte nada nem ninguém por ser “diferente”, porque na realidade, nós somos tão diferentes uns dos outros, tão únicos, tão impressionantemente únicos e originais.

Se repararmos bem, esta espécie de uniformização que permitimos e que impera um pouco por todo o mundo, (um exemplo disso é a moda que vai ditando como nos devemos vestir, calçar, maquilhar, etc.) ilustra de certa forma o que pretendo mostrar. Quando algumas pessoas questionaram a moda e as regras de vestir, calçar, etc. e passaram a trajar o que lhes apetece, o que aconteceu?

A moda e quem dita os seus padrões teve de começar a ajustar-se e surgiu uma revolução nesse mundo também. Assiste-se a desfiles, altamente improváveis, se pensarmos naquilo que era a moda há 20 anos, por exemplo. Claro que este é apenas um exemplo entre mil.

Quando se começa a pensar pela própria cabeça, surge o conflito, talvez interno, em primeiro lugar e de seguida externo, quando nos confrontamos com o mundo exterior, com o que está instituído (e bem sabemos a que me refiro: tanta ilusão, tanta inverdade, tantas regras, tantas convenções e tratados (nunca honrados), tanta instituição que vem ruindo ao longo dos últimos anos (e o que ainda está para cair), em função das ilusões e dos véus que também se vão dissolvendo no nosso interior).

É a primeira gota de água a evaporar-se, neste oceano tão vasto onde temos andado mergulhados, totalmente anestesiados e à mercê daqueles cujas intenções são tudo menos transparentes.

Não que esses sejam os culpados ou os bodes expiatórios desta farsa, mas porque cada um de nós prefere viver na sua zona de conforto, assobiar para o lado e não opinar, para não ser criticado ou crucificado em praça pública. Mas esse tempo acabou. É hora de tomar as rédeas da nossa vida e agir de acordo com os novos tempos.

Chega de resistência, é tempo de fluir… através das etéreas forças de 9, cuja maior e mais honrosa função é a de agregar, acolher, unir e extrair o melhor do Todo — chegar à essência — à semente para voltar a deitá-la à terra. (Daí surgirão novos mundos, novas formas e novos seres).

Para isso faz-se necessária uma profunda purificação de cada ser, uma decantação da própria alma, para sentir com todas as células, reconhecendo que somos chamas ígneas, construtores e destruidores de mundos, nesta dança eterna, que é a Vida.

Que se faça luz e que a luz aflua ao coração de cada ser sobre a Terra.

Eva Veigas / Eva Wolf Heart

Numeróloga Transpessoal
Numerologia Arcana