Desde o principio dos tempos que sábios e místicos procuram entender as eternas questões sobre a vida e a morte.

Quem somos nós, o que estamos cá a fazer, qual o propósito da vida, o que está para além da morte, são perguntas que desde sempre nos fascinaram e que mais cedo ou mais tarde nas nossas vidas, despertam-nos da hipnótica rotina, levantando questões que nem sempre têm resposta fácil.

No entanto, se levadas a sério, são questões que têm o poder de nos fazer questionar o nosso caminho e, se for caso disso, empurrar-nos para novas escolhas, de maneira a realinhar-nos com a Fonte da abundância.

Até que se dê este acordar, até que estas questões cheguem a nós e as levemos a sério, vivemos em estado de ilusão.

E que estado de ilusão é este, perguntas tu?

É todo o estado totalmente identificado com a nossa identidade terrena.

É a incapacidade de percebermos a nossa identidade espiritual.

É a recusa em aceitar uma Ordem Maior e Inteligente.

É a vivencia nua e crua das emoções diárias sem entendimento do seu propósito transformador.

É a falsa noção de separatividade.

É a ignorância sobre as leis cósmicas na descodificação dos acontecimentos diários.

É a cegueira para a magia que nos rodeia, que a todos nos liga que tudo sustém numa energia amorosa e inteligente.

É o desligamento da nossa capacidade de descodificar sinais, pistas, mensagens, metáforas e sincronias atraídos por nós.

É a identificação com tudo o que separa o ser humano.

É a sensação de inferioridade ou de superioridade que temos perante o outro.

É a incapacidade de ver o amor incondicional à nossa volta.

O Ocidente está ainda a repetir o que lhe foi ensinado a acreditar há cerca de 2000 anos atrás;

Deus está em cima, o homem está em baixo, e assim olhamos os outros. Somos pecadores sem direito a amor próprio, e assim tratamos os outros.

Somos julgados por um Deus punidor, e assim punimos e julgamos os outros.

É-nos exigido um grau obsoleto de perfeição, e assim exigimos dos outros.

Escolhemos a dor, a punição e o sacrifício como purificação, e assim o fazemos com os outros.

Foi-nos incutida a culpa e o medo, e o mesmo fazemos aos outros. Acreditamos que Deus nos castiga, e assim também, castigamos os outros.

Mas enquanto que o Ocidente, principalmente nestes últimos 2000 anos, arranjava maneiras de sobreviver a tão distorcidas e doentias crenças, que tanto nos afastaram do caminho do amor, o Oriente mantinha-se perto da Verdade Maior, estudando, pregando e vivendo sob as mais belas e antigas leis universais.

Se no Ocidente o mundo era sagrado e criado por Deus em 7 dias, no Oriente ele era apenas uma ilusão e um meio para atingir o fim da nossa transcendência, purificação e evolução espiritual.

O termo indiano Maya está relacionado com aquilo que “não é”, com a ideia de que o que o mundo material que os nossos olhos físicos vêm, é uma ‘ilusão’, designação mais aproximada para o significado oriental de Maya.

Os conceitos relativos de tempo e de espaço, o facto de que não somos corpos físicos, mas sim compostos energéticos, realidade hoje já comprovada cientificamente, as leis universais como a lei da atracção, a lei da correspondência, a lei da vibração, a lei do equilíbrio, a lei das polaridades, a lei da causa e efeito e outras, mostram que aquilo que vemos ou percebemos, está longe de ser aquilo que é. Tal como os nossos olhos são incapazes de ver os raios ultravioletas, os nossos ouvidos não ouvem certas frequências agudas ou as nossas emoções não vibram ainda nas altas vibrações do amor incondicional. William Shakespeare já no seu tempo percebia isso;

“Há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que o homem possa pensar.”

Ao longo da história, paralelamente às exigentes regras e propostas de conduta social e religiosa, sempre existiram sociedades secretas que se mantiveram fieis ao propósito espiritual e à proposta de evolução da alma. Gnósticos, Sufis, Essénios, Alquimistas e muitos outros movimentos esotéricos e iniciáticos, tentavam entender o significado mais profundo da vida fugindo dos rituais religiosos externos para se entregarem ao verdadeiro trabalho interno de purificação da alma.

Esta visão esotérica percebia bem a questão da ilusão e via a realidade como um palco onde o espírito, ou a nossa consciência, iria fazer as suas experiências alquímicas de transmutação e não como um fim em si.

Ou seja, podemos então escolher em ver o mundo físico, como uma co-criação inconsciente de cada um de nós, onde as diferentes condições que nos rodeiam se compõem inteligentemente para que o nosso espirito se possa experimentar e equilibrar a sua dualidade.

Desse ponto de vista, cada encontro social, seja ele romântico, profissional, casual ou familiar, seja ele de amor ou de guerra, esconde então uma qualquer aprendizagem espiritual. Há um recado cósmico que cada espírito precisa de entregar ao outro, e que na maior parte das vezes incompreensível ao nosso ego. No nível quântico, ambos se atraíram para que se dêem as respectivas trocas energéticas e enquanto os recados e aprendizagens não forem aceites, ficaremos presos naquelas frequências.

As filosofias do Ocidente levaram-nos à separatividade, incentivando a ilusão que somos seres separados uns dos outros, inclusive de Deus. Pelo contrário, as filosofias do Oriente sempre nos empurraram para a realidade energética de que todos somos chispas divinas interligados energeticamente. E é precisamente a partir dessa rede invisível que todos somos, embora a um nível inconsciente, agentes da transformação uns dos outros.

Vivemos até há bem pouco tempo na ignorância espiritual, sem qualquer entendimento minimamente coerente do porquê dos acontecimentos na nossa vida, chegando mesmo ao ponto de fazermos da “sorte e do azar” uma filosofia de vida. E é precisamente dessa falta de entendimento e sabedoria, dessa profunda ignorância que disparam as nossas respostas mais descompensadas e violentas...

Como nos iremos sentir quando um dia, com os olhos do amor, conseguirmos finalmente entender que o nosso pior carrasco, era um agente disfarçado do nosso próprio equilíbrio? Que afinal todos somos anjos e mestres na vida uns dos outros? Que o que de bom chega até nós, não são golpes de sorte ou azar, mas apenas colheitas de plantios passados?  Que não precisamos viver com medo, pois o que chega a nós é nosso e foi preparado por nós para que o superássemos? Que não precisamos fazer justiça com as próprias mãos pois a lei do karma trará a cada um os frutos dos seus plantios? Como nos iremos sentir quando percebermos que não era o mundo que estava mal ou era caótico, era a nossa própria ilusão e incapacidade de ver a Ordem Maior? Que foi a nossa própria resistência que nos manteve em situações de dor e que nos impediu de aceder à abundancia?

Para acedermos e nos rendermos a esta visão mágica e inteligente da vida, temos então que passar por um difícil processo de desilusão. Mais do que de desilusão eu diria mesmo que é um processo de morte para uma velha, materialista e seca visão da vida, para uma visão nova, cheia de magia, amor e inteligente sabedoria.

Preparemo-nos então para uma enorme desilusão tanto na nossa visão do mundo como na interação com o outro. Esse é, paradoxalmente, o caminho mais curto para chegarmos à real visão do mundo.

Todos estamos iludidos quando;

Achámos que o mundo é um espaço caótico e sem regras.

Vemos os outros e as situações como “bons ou maus”.

Sentimos medo seja do que for.

Queremos controlar as situações.

Achamos que controlamos seja o que for.

Buscamos fora o que nos falta dentro.

Julgamos o comportamento dos outros sem levar em conta o espelho que eles são.

Nos identificamos com cargos, títulos, cursos, nomes, etc.

Achamos que somos melhores que alguém.

Não vemos a lição que o outro tem para nós.

Ainda achamos que ser boa pessoa, ganhar dinheiro, procurar a felicidade é o grande e único propósito da vida.

Desconsideramos a lei do karma.

O mundo material, Maya, é então a grande ilusão a superar.

É para além do visível que se escondem os laços Karmicos e a verdadeira magia da nossa história.

A des-ilusão de tudo o que é material, superficial, físico, é, portanto, o grande portal por onde acedemos ao mundo quântico e à realidade de quem somos. Só deste ponto de vista, a ilusão se torna sagrada e essencial na viagem para o amor.

Bem Hajam!

Vera Luz

Sobre a autora:

Vera Luz, Autora e Terapeuta de Regressão e Orientação Espiritual:

Dou consultas de Regressão à Vida Passada, Criança Interior e Eu Superior.

Sou facilitadora do Workshop “Do Drama para o Dharma”, baseado no meu primeiro livro, onde nos propomos, através de vários exercícios e meditações, a um maior autoconhecimento e consciência de quem somos, donde viemos e o que andamos cá a fazer.

Há mais de 10 anos que o meu trabalho e compromisso é relembrar a cada um o propósito por trás dos eventos da nossa vida, trazer a Verdade ao de cima, ajudar cada um a sentir o lado sagrado da vida.

 E mais importante ainda é lembrar sempre que:

"A mudança que tanto desejamos, tem que começar dentro de nós..."

Sou autora dos livros;

-     “Regressão a vidas passadas”

 -    "Do Drama para o Dharma”

 -    "A cabeça pergunta a Alma responde”

-   “Acorda o Teu Poder Interior”

 Para marcações, consultas e inscrições:

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