Há uma força imensa que nos empurra e que nos lembra continuamente, que a paz, a alegria, o respeito, a harmonia, em resumo a verdadeira felicidade, são possíveis de alcançar. Como se tratasse de uma meta invisível que buscamos sem parar, que nos faz acordar todas as manhãs, que nos leva a agir das mais variadas maneiras, que nos faz criar os mais variados tipos de relacionamentos acreditando que talvez seja com alguém que podemos atingir tão esperada meta. Mas também todos sabemos que esse ideal de felicidade dificilmente é atingido e muitas vezes apenas vivido durante alguns escassos momentos. Então porque nos agarramos tanto a algo que afinal é tão difícil de atingir ? porque, mesmo depois de tantas desilusões, não acabamos por pôr de lado essa meta ? afinal que força é essa que arrasta cépticos, descrentes, resistentes e que une povos de tantas religiões diferentes ?

Acredito que a razão porque nunca abandonamos esse ideal é porque ele existe dentro de nós. É algo que carregamos dentro como uma bússola interna que não nos deixa perder o norte. É a memoria emocional que trazemos de uma experiencia anterior à experiencia terrena. É a experiencia do Divino, do equilíbrio, da harmonia, do Amor na sua forma mais pura. É a vivencia da união com um Todo, da plenitude interior, do amor incondicional, apenas possível longe das vibrações baixas e violentas da matéria. Acredito nisto porque o senti em mim e o observei nas pessoas que assisti, onde certas meditações são conduzidas precisamente para resgatar essa memoria e voltar a sentir o que há muito não sentimos. Reforçar que afinal a tal meta é mesmo possível, que no fundo apenas andamos em busca de algo que um dia já vivemos. Acredito também que o grande desafio da matéria ou da experiencia terrena, é o de manifestar esse ideal neste mundo sólido. Trazer o céu à terra como se costuma dizer.

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Quando se dá a encarnação num corpo físico, essa energia original ou Mónade, divide-se. O espírito encarna, a Alma fica na origem relembrando através de sinais, intuições e sensações, o propósito da encarnação presente e o caminho de volta a “casa”. Esta separação não é fácil e cria dentro de nós um eterno vazio, algo que nos falta e não sabemos o quê. É esta sensação de ausência ou de carência que nos faz correr em busca da tal felicidade. É uma certeza que carregamos dentro, de que um dia já fomos completos e que um dia também o voltaremos a ser de novo.

Infelizmente ou não, quem sabe, afinal tudo faz parte, passamos metade da nossa vida à procura da nossa “metade” aqui no mundo, fora de nós. Roupas, amigos, amores, casas, carros e um sem fim de tralha que no fim, apenas nos trás uma satisfação temporária, mas que é incapaz de preencher o vazio. Os relacionamentos, por serem uma fonte incrível de emoções fortes, são por norma a nossa primeira fuga e até chegamos ao ponto de chamar “cara-metade” a alguém por quem nutrimos um sentimento forte acreditando que essa pessoa nos irá preencher aquele espaço. As desilusões por que vamos passando apenas nos relembram que a nossa metade é muito mais valiosa e muito superior à vivencia amorosa com alguém. Que a vivencia do amor puro e incondicional, jamais poderá estar dependente de alguém que nos poderá falhar, trair, enganar, abandonar de um momento para o outro. Que não depende de carências, medos, acordos ou mesmo manipulações emocionais e mentais de ninguém.

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O Re-contacto com a nossa Alma, ou mais comummente chamado de Eu Superior é talvez das poucas experiencias que , quando bem conseguida, é capaz de nos retirar do estado hipnótico em que caímos nas vivencias do dia a dia e nos permite aceder a planos e vivencias superiores tão desejados por todos nós. Este tipo de meditação permite-nos sentir uma qualidade e grau de sentimentos nobres que vivem há muito enterrados dentro de nós. Vive-se a sensação de que finalmente o meu vazio, aquele espaço em branco no nosso puzzle interior, tem afinal uma peça que encaixa na perfeição. E que estava tão perto o tempo todo. Nesse momento percebemos que mais ninguém tem a forma dessa peça. Algumas até são parecidas, mas nunca encaixarão na perfeição. Que os outros a quem exigimos tantas vezes que nos preenchessem o tal vazio, também eles procuram a peça para o deles e como tal são incapazes de preencher a nossa. E nós, ao mesmo tempo, paramos de correr para tentar preencher os vazios dos outros, tendo agora a sabedoria e perfeito entendimento que é uma tarefa impossível de concretizar.

As sensações desta pequena visita ao lugar de origem são indescritíveis e apenas acessíveis a quem se atreve passar pela experiencia. A corrida frenética em que andávamos em busca do tal complemento, agora sabemos que não faz sentido. Começamos a olhar para a vida com mais qualidade e já não mais com o objectivo de buscar algo que me falta, mas agora de levar algo de maravilhoso que entretanto descobrimos em nós. Por guardar em si todas as experiencias da nossa história de alma, das vidas que já vivemos e daquilo que está proposto experienciar na presente, o Eu Superior é uma fonte inesgotável de sabedoria e o único capaz de nos apresentar as respostas que tanto precisamos saber. Por melhores que sejam as intenções dos outros, eles não conhecem os porquês das experiencias que atraímos nem qual a nossa proposta interna para as resolvermos.

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Todos nós mais cedo ou mais tarde acabamos por dizer, porque não segui a minha intuição ? eu sabia que devia ter feito à minha maneira ... sempre que sigo os outros dou-me mal ! tudo maneiras subtis de nos fazer retornar ao nosso interior, lugar de onde jamais deveríamos ter saído. O contacto regular com esta fonte de amor e sabedoria, faz de nós seres mais autênticos, mais sensíveis e muito mais sábios. É uma sabedoria emocional e não apenas mental. Juntamente com outras experiências complementares, tais como o resgate da criança interior e da nossa essência, voltamos a sentir que afinal somos, seres espirituais a ter uma experiencia terrena e não seres terrenos a terem ocasionalmente experiencias espirituais. E esta pequena e subtil maneira nova de ver o mundo, faz toda a diferença.
Vera Luz

Veja no Sapo Zen a entrevista de Vera Luz sobre Regressão a Vidas Passadas

Vera Luz, Autora e Terapeuta de Regressão e Orientação Espiritual:

Dou consultas de Regressão à Vida Passada, Criança Interior e Eu Superior.
Sou facilitadora do Workshop “Do Drama para o Dharma”, baseado no meu primeiro livro, onde nos propomos, através de vários exercícios e meditações, a um maior autoconhecimento e consciência de quem somos, donde viemos e o que andamos cá a fazer.
Há mais de 10 anos que o meu trabalho e compromisso é relembrar a cada um o propósito por trás dos eventos da nossa vida, trazer a Verdade ao de cima, ajudar cada um a sentir o lado sagrado da vida.
E mais importante ainda é lembrar sempre que:

"A mudança que tanto desejamos, tem que começar dentro de nós..."

Sou autora dos livros;

- “Regressão a vidas passadas”
- "Do Drama para o Dharma”
- "A cabeça pergunta a Alma responde”

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