A resposta à pergunta do título é dada por algumas associações feministas portuguesas, para as quais o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, é motivo de desfiles, debates e eventos culturais por todo o país.
O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) vai estar presente em diversas cidades. Os direitos sociais (trabalho, saúde, educação) e o “combate à violência doméstica” dão o mote, informa o MDM em comunicado.
No Porto, a Rua de Santa Catarina acolhe um desfile do MDM, até ao momento sem horário definido. Em Braga, será feita uma concentração do Largo das Carvalheiras, a partir das 15h00. Em Coimbra, na Casa Municipal da Cultura, decorre um debate sobre violência contra as mulheres, a partir das 15h00. Em Lisboa, uma marcha parte do jardim do Príncipe Real às 15h00, com destino ao Largo de Camões. Em Grândola, às 21h30, realiza-se a palestra “Mulheres em Lugares de Poder”, no Che Bar.
Por seu lado, a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) promove em Lisboa a ação de rua “Aborto Clandestino Nunca Mais! Não às taxas moderadoras que culpabilizam as mulheres que abortam!”. É ao meio-dia, frente aos Armazéns do Chiado. Num texto divulgado através do Facebook, a UMAR nota que os direitos das mulheres foram “reconhecidos em Portugal, nos últimos 40 anos, graças à luta de muitas mulheres e alguns homens”.
Por fim, a Rede 8 de Março organiza este sábado, em Lisboa, o evento “Meu Corpo, Minha Festa”. Às 18h00, na Casa Independente a escritora e jornalista Maria Teresa Horta e a atriz Catarina Guerreiro vão ler poemas eróticos do livro “As Palavras do Corpo”, de Maria Teresa Horta. Entre outras atividades, será também apresentada a vídeo-instalação “Moving On”, da investigadora e ativista “queer” Salomé Coelho. É um objeto artístico que “relata a experiência do confronto com um novo país, da aprendizagem das distâncias, dos velhos hábitos e outros fantasmas, enquanto o futuro se abre e o passado ainda persiste”, lê-se na sinopse.
O Dia Internacional da Mulher remonta ao início do século XX. A primeira iniciativa data de 1909, nos EUA. Começou a ser assinalado em 1975 pela ONU, que em 1977 oficializou a data.
Bruno Horta
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