Ficção
Viral
Brian Murphy e a família estão a desfrutar de umas férias de verão retemperadoras até que a sua mulher, Emma, começa a exibir sintomas ligeiros semelhantes aos da gripe. Quando o seu estado de saúde se agrava dramaticamente, a viagem de regresso a casa, em Nova Iorque, rapidamente se transformará numa corrida contra o tempo para chegar às urgências. No hospital, o diagnóstico assusta: encefalite equina do Leste, uma doença rara, altamente letal e viral, contraída por certo através de uma picada de mosquito. Ainda pior: a filha de ambos começa a exibir sinais alarmantes da mesma doença.
Uma angustiante estadia no hospital torna-se ainda mais aflitiva quando Brian recebe uma conta astronómica que a sua seguradora se recusa a pagar, invocando cláusulas dúbias do contrato. Forçado a escolher entre a saúde da sua família e contas que não consegue pagar, e indignado com um sistema de saúde onde reina a indiferença e um desprezo frente a um vírus que representa uma ameaça séria, Brian decide-se por fazer a sua justiça. À medida que desvenda o lado negro de uma indústria implacável que se alimenta dos mais doentes e indefesos, tornar-se-á claro para ele que os responsáveis terão de sofrer as consequências, custe o que custar.
Viral (Bertrand Editora), de Robin Cook, tem o preço de 18,8 euros.
Morte a Crédito
Paris, anos 30. Ferdinand trabalha como médico num bairro pobre e, assistindo diariamente à miséria humana, deixa-se deambular pelas memórias da sua infância. Criado numa escura passagem da capital francesa, aprendeu a sobreviver entre a pobreza, a fantasia e os negócios duvidosos. Das revoltas de criança às exigências dos primeiros empregos, de uma educação em Inglaterra à amizade com um inventor excêntrico, a sua história é narrada num estilo frenético e delirante, misto de drama real e devaneio juvenil. O resultado é um texto de grande crueza, simultaneamente apaixonante e comovente pela poesia da sua escrita
Morte a crédito (edição Livros do Brasil), de Louis-Ferdinand Céline, tem o preço de 24,9 euros. Nas livrarias a 9 de fevereiro.
Canções para o incêndio
Uma fotógrafa de renome apercebe‑se de algo que teria preferido ignorar. Um veterano da Guerra da Coreia confronta‑se com um segredo do passado durante um encontro que parecia inofensivo. Um escritor depara‑se com a história apaixonante de uma órfã da Grande Guerra. Na Colômbia, em Espanha, Paris ou Hollywood, as histórias deste livro irradiam a estranha luz das coisas que ferem. Juan Gabriel Vásquez dá prova, uma vez mais, de mestria narrativa e profundo entendimento da existência humana. Um livro belo e cru sobre a força do acaso, que declina temas como a memória, o poder e significado da violência, e a relação complexa entre literatura e verdade.
Canções para o incêndio (edição Alfaguara), de Juan Gabriel Vasquez, tem o preço de 18,45 euros. Nas livrarias a 5 de fevereiro.
Absalão, Absalão!
Narrada por Quentin Compson, o suicida de O Som e a Fúria, esta é a história de Thomas Sutpen, um homem branco pobre que sonha em fundar uma dinastia. Mas a sua recusa em aceitar o sangue negro da mulher desencadeia uma sangrenta série de eventos.
Na dramática textura desta história do desenvolvimento e decadência da plantação de Sutpen’s Hundred, e da família que o demoníaco Thomas Sutpen trouxe ao mundo uma geração antes da Guerra Civil americana, ouvimos o lamento pelo esplendor perdido do Sul dos Estados Unidos.
A história, com todas as suas ramificações, é cristalizada na cabeça de um parente desta estranha família, o jovem Quentin Compson, um estudante de Harvard. E, no final aterrorizador e abrupto, resta na casa em ruínas apenas o filho moribundo do seu construtor, uma velha negra que foi sua escrava e o idiota mulato que acabará por ser o único descendente direto do sangue Sutpen.
Absalão, Absalão! (edição Dom Quixote), de William Faulkner, tem o preço de 17,91 euros. Nas livrarias a 7 de fevereiro.
Quem sai aos seus
Vista de fora, a família Delaney é perfeita. Joy e o marido, Stan, são treinadores de ténis famosos e arrasam nos courts e fora deles. Os seus quatro filhos - Amy, Logan, Troy e Brooke - já são independentes. Após vidas ativas tão intensas, Joy e Stan decidem vender a sua reputada academia de ténis e desfrutar da tranquilidade da reforma. Mas quando uma mulher misteriosa entra inesperadamente na vida do casal e Joy desaparece sem explicação, deixando apenas uma mensagem enigmática, tudo é subitamente posto em causa.
A polícia interroga Stan. Para alguém que se diz inocente, o marido parece ter muito a esconder. Dois dos filhos acreditam na inocência do pai, mas os outros dois não têm assim tanta certeza. Divididos, eles têm pela frente o desafio mais duro e a pergunta mais arrepiante das suas vidas: será que alguma vez conheceram verdadeiramente os pais? Está na hora de os irmãos Delaney reavaliarem a história da família.
Quem sai aos seus (edição ASA), de Liane Moriarty, tem o preço de 19,9 euros.
Super-batata, o herói do supermercado
O Super-Batata é o super-herói do supermercado, atento a tudo e a todos. Sempre que os legumes têm alguma aflição, ele entra logo em ação. Só que, agora, há uma pequenina ervilha congelada à solta, imparável, às voltas pelo supermercado afora. Ainda por cima, uma ervilha malvada, que a todos quer magoar. Será que o Super-Batata vai conseguir vencer esta vilã?
Super-batata, o herói do supermercado (Bertrand Editora), de Sue Hendra e Paul Linnet, tem o preço de 13,3 euros. O livro chega às livrarias a 9 de fevereiro.
A raposa um pouco silenciosa
Em A raposa um pouco silenciosa, da mesma coleção do sucesso de vendas O coelho um pouco valente, ambos com textos e ilustrações de Nicola Kinnear, ficamos a conhecer esta raposa que repara em pormenores que escapam aos seus amigos, como por exemplo as marcas das garras de um urso… um urso gigante e assustador. Ela vai ter de arranjar muita coragem para conseguir gritar e avisar os seus amigos – e ainda mais coragem para contar uma história àquele urso assustador.
A raposa um pouco silenciosa (Bertrand Editora), de Nicola Kinnear, tem o preço de 13,3 euros. Nas livrarias a 9 de fevereiro.
Não Ficção
As 8 regras do amor
Ninguém nos ensina a amar. Por isso, muitas vezes atiramo-nos para as relações munidos apenas da sabedoria adquirida através das comédias românticas e da cultura pop a que somos expostos. Mas não tem de ser assim. Jay Shetty não acredita que o amor seja um conceito transcendente ou uma coleção de clichés. Em vez disso, defende que há passos que podemos dar para o fortalecermos e para o vivermos plenamente.
Inspirado na tradição védica e no conhecimento científico atual, o autor guia-nos pelo ciclo de uma vida a dois – os primeiros encontros, a partilha de casa, as vitórias e as derrotas – e mostra-nos como podemos evitar manter um relacionamento que não nos traz felicidade e como uma separação é também um recomeço.
Com este livro absolutamente transformador, Jay Shetty revela que, se observarmos as oito regras do amor, seremos capazes de sentir um amor maior e mais puro - por nós mesmos, pelos outros e pelo mundo.
As 8 regras do amor (Porto Editora), de Jay Shetty, tem o preço de 18,85 euros.
Mundos perdidos
Como era a vida na Terra há milhões de anos? E como resistiu a extinções devastadoras? O passado deixa pistas, e Thomas Halliday utilizou a ciência mais revolucionária para as decifrar. Com um olhar lúcido e poético, o autor analisa os fósseis e leva-nos numa viagem por mundos fabulosos, familiares e extintos. Mundos perdidos devolve a vida a 16 ecossistemas de um passado remoto e mostra-nos continentes em movimento, pinguins gigantes, répteis emplumados e muitas outras criaturas assombrosas. Enquanto recuamos no tempo, redescobrimos o nosso próprio lar de formas irreconhecíveis, e ficamos impressionados com a transformação dos ecossistemas e os devastadores cenários que causaram o fim de inúmeras espécies.
E, ainda assim, a vida acabou por se impor… por enquanto. Porque as transformações massivas aconteceram repetidamente ao longo da História, este livro também é um alerta sobre o estado atual do nosso planeta e o futuro inquietante que temos pela frente.
Mundos Perdidos (edição Desassossego), de Thomas Halliday, tem o preço de 19,9 euros.
Os reis mercadores
Ao longo de toda a Era do Comércio Heroico, do século XVII ao século XIX, um conjunto de lendários “reis mercadores” desprovidos de escrúpulos governou vastas partes do mundo e expandiu os seus imensos monopólios com o objetivo de gerar receita para os respetivos investidores, encher os próprios bolsos e satisfazer a vaidade e a curiosidade que os moviam. As suas proezas transformaram o mundo numa época de desenfreada globalização que espelha a sociedade que hoje conhecemos.
Os reis mercadores observa cada um dos monopólios governantes através dos seus maiores líderes e, pela primeira vez, reúne num só volume as suas histórias, incluindo: Jan Pieterszoon, da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais; Pieter Stuyvesant, da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais; Robert Clive, da Companhia Inglesa das Índias Orientais; Aleksandr Baranov, da Companhia Russo-Americana; George Simpson, da Companhia da Baía de Hudson; e Cecil Rhodes, da Companhia Britânica da África do Sul.
Os reis mercadores (edição Temas e Debates), de Stephen R. Bown, tem o preço de 19,9 euros.
Depois do Diário
Como foram os últimos dias dos habitantes do Anexo e qual terá sido o percurso depois da prisão, que Anne Frank não conseguiu contar no seu diário?
Milhões de leitores em todo o mundo já leram O Diário de Anne Frank. Mas o que se sabe sobre o que terá acontecido à sua protagonista e aos restantes clandestinos do Anexo? Através de testemunhos de sobreviventes e amigos, documentos oficiais e outros diários, Bas von Benda‑Beckmann, historiador e investigador da Casa Anne Frank, reconstrói o que terá sucedido a essas oito pessoas depois de terem sido detidas no dia 4 de agosto de 1944.
Em janeiro de 1945, Otto Frank, pai de Anne, foi libertado de Auschwitz pelos soldados russos, e só depois de vários meses é que viria a descobrir que era o único sobrevivente desse grupo de oito pessoas. Depois do Diário é história da viagem que Otto empreendeu.
Depois do Diário (edição Casa das Letras), de Bas von Benda-Beckmann, tem o preço de 22,9 euros. Nas livrarias a 21 de fevereiro.
Os corruptíveis
Os corruptíveis, do especialista em democracia, autoritarismo e política externa dos EUA Brian Klaas, é um livro muitíssimo acessível, mas com sérias implicações, que nos faz pensar sobre as características do ser humano e a organização das sociedades. Baseia-se em mais de 500 entrevistas com alguns dos principais líderes mundiais — dos mais nobres aos menos recomendáveis — incluindo presidentes e filantropos, bem como rebeldes, líderes de cultos e ditadores para tentar compreender o que acontece quando se alcança o poder.
Os corruptíveis (Bertrand Editora), de Brian Klaas, tem o preço de 19,9 euros. Nas livrarias a 9 de fevereiro.
Medir o racismo, vencer as discriminações
“Digamo-lo de imediato: nenhum país, nenhuma sociedade inventou o modelo perfeito que permite lutar contra o racismo e as discriminações”, revela Thomas Piketty no seu mais recente livro Medir o Racismo, Vencer as Discriminações – um ensaio consagrado aos meios que permitem combater as desigualdades mediante uma política social e económica baseada no universalismo.
Partindo de dados comparativos de estudos recentes, o reconhecido autor, professor catedrático e codiretor do World Inequality Lab traça um breve retrato de uma sociedade onde imperam as diferenças no acesso ao ensino, ao emprego e à segurança, ao respeito ou à dignidade, e apela à criação de um modelo transnacional de meios e políticas socioeconómicas para quantificar e comparar as diferentes formas de discriminação.
Medir o racismo, vencer as discriminações (edição Temas e Debates), tem o preço de 15,5 euros.
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