Lisboa desceu três posições no ranking do 23.º Estudo Global sobre o Custo de Vida de 2017 da Mercer, passando da 134ª posição em 2016, para o 137º lugar este ano, permanecendo como uma cidade relativamente pouco dispendiosa para expatriados a nível global. Segundo o mesmo estudo, as cidades asiáticas e europeias – particularmente Hong Kong (2), Tóquio (3), Zurique (4) e Singapura (5) - lideram a lista das cidades mais caras.
A cidade mais dispendiosa, devido ao preço dos bens e à segurança, é Luanda, a capital de Angola. As outras cidades que fazem parte do top 10 são Seul (6), Genebra (7), Xangai (8), Nova Iorque (9) e Berna (10). As cidades menos caras são: Tunes (209), Bishkek (208) e Skopje (206).
O estudo da Mercer é um dos mais abrangentes a nível mundial e foi especificamente desenhado para ajudar empresas, organizações e governos a definirem os subsídios de remuneração para os seus colaboradores expatriados. O estudo inclui 209 cidades de cinco continentes e determina o custo comparativo de mais de 200 itens em cada local, incluindo alojamento, transporte, comida, roupa, bens domésticos e entretenimento.
"Apesar de historicamente a mobilidade, a gestão de talento e a compensação serem geridas de forma independente, as organizações estão a adotar atualmente uma abordagem mais holística para melhorarem as suas estratégias de mobilidade. É importante garantir a competitividade da compensação em processos de expatriamento e, por isso, as políticas de mobilidade devem ser determinadas com base no custo de vida, na moeda e na localização", comenta Diogo Alarcão, em comunicado.
Américas
As cidades norte-americanas são os locais mais caros do continente Americano, com Nova Iorque (9) a liderar a tabela, subindo dois lugares neste ranking face ao ano passado. Seguem-se São Francisco (22) e Los Angeles (24), que subiram quatro e três lugares. Na América do Sul, as cidades brasileiras de São Paulo (27) e do Rio de Janeiro (56) aumentaram cerca de 100 posições no ranking, respetivamente, devido à subida do real face ao dólar norte-americano.
Buenos Aires, a capital da Argentina, ocupa a 40ª posição, seguida por Santiago (67) e Montevidéu, Uruguai (65), que subiram quarenta e um e cinquenta e quatro lugares no ranking, respetivamente.
Europa e Médio Oriente
Apenas três cidades suíças permanecem na lista das 10 cidades mais caras para expatriados. Zurique (4) é a cidade europeia mais cara deste ranking, seguida por Genebra (7) e Berna (10). Moscovo (14) e São Petersburgo (36) subiram cinquenta e três e cento e dezasseis lugares face ao ano passado, respetivamente, devido à forte valorização do rublo em relação ao dólar. Entretanto, Londres (30), Aberdeen (146) e Birmingham (147) caíram treze, sessenta e um e cinquenta e um lugares, como resultado do enfraquecimento da libra face ao dólar norte-americano, após o Brexit.
Houve mais cidades da Europa Ocidental a caírem neste ranking, maioritariamente devido ao enfraquecimento das moedas locais face ao dólar dos EUA. É o caso de Viena (78) e Roma (80) que desceram da 24ª e 22ª posições, respetivamente.
No 17º lugar do ranking, Tel Aviv subiu duas posições face ao ano passado e continua a revelar-se a cidade mais cara do Médio Oriente, seguida pelo Dubai (20), Abu Dabi (23) e Riade (52), que também subiram posições na tabela deste ano. Jidá (117), Mascate (92) e Doa (81) estão entre as cidades mais acessíveis da região. Cairo (183) é a cidade menos dispendiosa da região, tendo caído noventa e duas posições, comparativamente ao ano passado.
Ásia Pacífico
Cinco das 10 principais cidades do ranking deste ano são asiáticas. Hong Kong (2) é a cidade mais cara, graças ao facto de a sua moeda estar indexada ao dólar norte-americano, o que elevou o custo do alojamento local. Segue-se Tóquio (3), Singapura (5), Seul (6) e Xangai (8).
Todas as cidades australianas registaram uma subida no ranking mundial face ao ano passado devido à valorização do dólar australiano. Sidney (25), a cidade mais cara da Austrália para expatriados, subiu dezassete lugares no ranking, juntamente com Melbourne (46) e Perth (50), que subiram vinte e cinco e dezasseis lugares.
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