A sociedade Christian Dior Couture anunciou nesta terça-feira ter iniciado um procedimento para demitir o estilista John Galliano devido ao caráter "particularmente odioso" de seu comportamento e a declarações racistas contidas em um vídeo.
"Hoje, em razão do comportamento particularmente odioso e das declarações feitas por John Galliano num video divulgado ao público na segunda-feira, a sociedade Christian Dior decidiu suspendê-lo de suas funções e iniciou contra ele um processo de licença", afirma a Casa Dor em comunicado.
O director-geral da Dior Couture, Sidney Toledano, citado no comunicado, "condena com a maior firmeza as declarações feitas por Johan Galliano em total contradição com os valores essenciais que sempre foram defendidos pela marca".
Na véspera, foi divulgada a existência desse vídeo em que o estilista britânico - já suspenso na semana passada pela Casa Dior por supostos insultos antissemitas - aparecia a dizer "eu amo Hitler".
"Amo Hitler" , afirma o estilista de 50 anos, com voz titubeante, visivelmente alcoolizado, a um grupo de pessoas sentadas junto a ele num café, segundo o vídeo de 40 segundos divulgado no site do jornal sensacionalista The Sun.
"Pessoas como vocês estariam morta hoje. As vossas mães, antepassados teriam sido f***** pelo gás", afirma ainda no vídeo, feito por uma das pessoas do grupo no mesmo café, situado no bairro de Marais, no centro de Paris, onde ocorreu um incidente similar na semana passada, segundo o Sun.
Galliano foi detido na noite de quinta-feira passada, em Paris, por agressão e por ter proferido "insultos de carácter antissemita". O estilista, que negou as acusações, viu as suas funções como diretcor artístico da Christian Dior suspensas pela maison até à conclusão das investigações.
01 de Março 2011
Fonte: AFP
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