Há por isso um número crescente de noivos disponível para o que podemos designar de novos formatos ou novos modelos, desde a cerimónia ao copo de água.
É o caso do Francisco e a Marta vão casar ainda este ano. Sendo este momento muito especial e acreditando que o seu casamento vai ser para a vida, querem partilhar o momento com a família e amigos mais próximos. Discutidas as diferenças que os unem, chegaram à conclusão que a Marta aposta na informalidade e o Francisco, sempre mais cauteloso, gostaria de ter um casamento mais sóbrio. 'Pela família sobretudo', diz o Francisco, pensando nas avós já de alguma idade.
Se para alguns noivos a originalidade destes formatos prende-se com o custo, que se quer cada vez mais controlado, para outros é uma forma de encontrar uma maior flexibilidade para se explorarem novos caminhos.
A Marta gosta da ideia de que o copo d'água tenha lugar sob a claridade do dia. 'Mas o Francisco é uma festa!', diz a Marta, que acrescenta 'que teremos de arranjar uma forma de esticar a receção até à noite. E com isso teremos de ver como é que os nossos convidados vão fazer com as crianças, que também queremos ter no nosso casamento'. A Martaa tem uma filha do casamento anterior, que sonha com a tarefa que lhe foi atribuída: ser a menina das alianças. 'Está encantada' diz o Francisco, 'as crianças fazem parte da nossa vida pelo que vão mesmo ter que entrar nesta nossa festa!'.
Tarefa difícil esta de desenhar o casamento do Francisco e da Marta? Para Cláudia Nogueira, Wedding Planner e Directora da Live&Tell, nem por isso: 'O Francisco e a Marta sabem o que querem e, mesmo parecendo que estão em quadrantes opostos, com boa vontade e boa disposição, tudo se consegue'. Depois de analisadas todas as possibilidades, chegaram facilmente à conclusão que a cerimónia – o momento verdadeiramente formal do casamento – deveria ter lugar por volta do meio dia, ao ar livre. 'Esperamos algum sol para o dia, embora tenhamos de prever a opção de mau tempo', acrescenta aquela responsável.
Um amigo do Francisco que tem um restaurante que permite jogar com as duas variáveis – exterior e interior - ofereceu–se para receber a cerimónia e a receção. Atendendo aos custos perspetivados pelo casal, esta opção deu-lhes algum conforto adicional. Por forma a cumprir com os desejos de ambos, organizou-se a receção em dois momentos: um almoço com a família e padrinhos – a formalidade desejada pelo Francisco; e um cocktail de fim de dia para amigos, seguido da festa que merecem. E entre os dois momentos têm a oportunidade de descansarem, trocarem de roupa e seguirem para a festa com os amigos.
'No final, o balanço é muito positivo: eu tenho a esperança de ter o sol que adoro ao longo do meu dia e o Franscisco vai poder festejar com os amigos noite fora' Quanto às crianças, está preparada também uma surpresa, para que também elas tenham uma festa inesquecível.
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Cláudia Nogueira deixa-nos ainda algumas sugestões para planear um casamento dito “alternativo”:
Casamento = Festa
Pode ser-se original logo no momento da cerimónia. Já muitos casais optam por casar na Conservatória, num dia diferente, reunindo apenas os pais e poucos familiares e amigos, reservando as suas energias para um momento posterior com os demais convidados.
Aquele será um momento que se pretende informal, leve e divertido. Um cocktail em vez de jantar, por exemplo, apenas para cumprir com a cortesia. Uma pista de dança, música e alegria compõem o resto.
Luau na Praia
Aproveitando os últimos dias de verão, pode ainda explorar-se a ideia de um Luau na Praia.
Reservado aos mais próximos, os noivos devem procurar as necessárias autorizações – sendo que o mais fácil será selecionar as praias onde já exista alguma exploração comercial. Com esta unidade podem ser trabalhadas as questões de alimentação, música e animação da noite. Com as infra-estruturas já montadas, ficará mais fácil.
Ou pode minimizar a ação daquelas estruturas, decorando a praia com diversos chapéus de sol (mesmo que seja de noite), para identificar a área, colocando diversos baldes com gelo para manter as bebidas frescas, e um leitor de música com muita bateria e com umas boas colunas. Amigos, família, música e descontração são normalmente sinónimo de diversão.
Piquenique
Um piquenique está no nosso imaginário como um dia feliz. Ideal em estações mais amenas, quando as há, pode funcionar também para um casamento. Uma quinta de família, ou de um amigo, será sempre uma localização única, a que mais ninguém tem acesso (ou poucos terão). Pelo que se for possível, pondere.
A vantagem do piquenique é que funciona numa lógica familiar. Tias, primas, irmãs, mães, e quem mais se propuser, podem assegurar alguns dos pratos, por exemplo. No final tem uma festa de casamento em que todos sentem que participaram, que contribuiram para que a festa seja perfeita. Para evitar o risco de se tornar um caos, defina o que pretende e ajuste a vontade de participar dos convidados ao ‘desenho’ da sua festa.
Mas pode assumir uma vertente mais chique, recorrendo a estruturas profissionais de aluguer de mobiliário e de catering. O encanto será diferente, o ambiente também, mas a simplicidade deverá manter-se. Pode optar por um catering mais leve. E pode montar a pista de dança ao ar livre...
Almoço intimista seguido de festa
Para budgets mais contidos, os noivos – porque querem assegurar uma refeição mais formal ou tradicional – podem convidar para o almoço ou para o jantar apenas os familiares, padrinhos e, eventualmente, amigos chegados. Depois de umas horas de descanso, caso optem por fazer esta refeição ao almoço, saem com os amigos para uma noite de pura diversão.
Não esquecer de garantir porta aberta aos amigos, pelo que se sugere uma negociação prévia com o espaço.
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