O álbum "Born to Die", que apresenta a cantora norte-americana Lana Del Rey, é editado hoje em Portugal, meses depois da artista se ter dado a conhecer com uma música na Internet.

A história de Lana del Rey, nome artístico de Elizabeth Grant, nova-iorquina de 25 anos, começa em 2011 quando a música "Video Games" é colocada no Youtube, interpretada então por uma desconhecida.

A cantora tinha gravado em 2008 um álbum que nunca chegou a sair, mas foi depois no verão passado que deu nas vistas com aquela canção, que registou cerca de vinte milhões de visualizações na Internet.

"Video Games", que tinha sido rejeitado por várias editoras e apenas saiu por uma pequena chancela independente, acabou por lhe render depois um contrato como a editora Interscope Records, outro com uma agência de modelos, e a garantia de publicação de um álbum em 2012.

Lana Del Rey compôs os novos temas sempre em parceria com outros autores e o resultado é "Born to Die", um álbum melancólico, dolente e influenciado por um hip hop mais minimal.

A BBC diz que o álbum podia ser a banda sonora perdida de um filme negro e Lana Del Rey é uma mulher fatal: "Marylin Monroe e Marlene Dietrich competem pela posse do microfone".

Lana Del Rey foi capa de várias publicações de música nos Estados Unidos e Reino Unido, tem sido a "coqueluche" da indie-pop das primeiras semanas do ano e já fez algumas apresentações ao vivo.

Apesar dos elogios e do sucesso antecipado, Lan Del Rey tem sido criticada por ter usado imagens não autorizadas para o teledisco de "Video Games", por ter feito operações plásticas ao rosto, por causa da autoria e do melodramatismo das canções.

"Eu sei o que as pessoas dizem a meu respeito e não estou muito preocupada com isso. Estou mais preocupada com o potencial colapso do euro, com o estado da economia global. Temos problemas sérios", disse em entrevista à BBC.

 

30 de janeiro de 2012

@Lusa