Segundo Ana Sofia Ribeiro, da LPN, os diversos grupos de voluntários que participaram na iniciativa recolheram 7 kg de embalagens de plástico (PET), 13 kg de outros plásticos, 6 Kg de papel, 51 Kg de vidro e 102 kg de lixo indiferenciado.
“O resultado final é bastante positivo. Houve um grande entusiasmo dos participantes e foram recolhidos bastantes resíduos”, disse à agência Lusa Ana Sofia Ribeiro, da LPN, que coordenou o trabalho dos voluntários na ação de limpeza da praia de Galapos, no âmbito do projeto Mares Circulares, da Coca-Cola.
“A nossa preocupação não é apenas a recolha de resíduos mas também a sensibilização das pessoas. E, daquilo que me apercebi, todos os participantes ficaram sensibilizados para a questão dos resíduos na praia e para as práticas da vida diária. Algumas pessoas foram apanhadas desprevenidas, mas saíram daqui mais conscientes para esta causa ambiental”, acrescentou Ana Sofia Ribeiro, que sublinhou também a importância de se explicar às pessoas como é que chega tanto lixo às praias, para que adotem novos comportamentos.
De saco plástico preto na mão, para a recolha de lixo indiferenciado, Hélder Ramos, um dos participantes da iniciativa, ficou surpreendido com a quantidade de lixo recolhida, e devidamente separada – papel, vidro, plástico e indiferenciado – em pouco mais de uma hora, na praia de Galapos, junto à serra da Arrábida.
“O grande objetivo da iniciativa da nossa empresa (Coca-Cola), Mares Circulares, é ajudar-nos a reabilitar as nossas praias, que têm vindo a sofrer alguma degradação devido ao consumo que as pessoas fazem e ao lixo que se gera a partir desse consumo”, disse Hélder Ramos, surpreendido com a quantidade de lixo recolhido em tão pouco tempo – pouco mais de uma hora – na praia de Galapos.
“Apanhámos um bocadinho de tudo. Apanhámos muito vidro, pequenos pedacinhos, plástico, principalmente na parte da mata. Fomos apanhando também muito lixo indiferenciado, muitas beatas de cigarros”, corroborou Bárbara Castro, que também se voluntariou para a ação de limpeza na praia de Galapos.
Maria do Carmo, outra voluntária, não esperava encontrar tanto lixo quando viu o areal, mas percebeu rapidamente que havia muito, principalmente muitos vidros pequeninos, que se tornam perigosos para os utentes da praia.
“Quando começámos a pôr as mãos na areia, reparámos que havia muito vidro. Pensávamos que não íamos apanhar muito vidro, mas há muito vidro e muito pequenino, que se torna mais perigoso. E também há muito lixo à volta dos bares, além daquilo que o mar vai empurrando para fora”, disse.
Estreante em ações de limpeza nas praias, Luís Moreira lamentou a fraca consciência ambiental de muitos portugueses.
“Ainda há pouca consciência ambiental das pessoas, apesar de estar a crescer. Mas há sempre aquela beata que se apaga na areia. E também há sempre a garrafinha de plástico que também se deixa ficar na praia”, lamentou.
“Ouvimos dizer que há cada vez mais iniciativas de pessoas que fazem `running´ e caminhadas e que, ao mesmo tempo, vão apanhando lixo. Mas eu acho que, antes de sequer apanhar [o lixo], temos de pensar antes de o deitar para o chão, porque mais tarde ou mais cedo, esse lixo volta para nós”, concluiu Luís Moreira.
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