Caiu tanta chuva nos últimos dias que a barragem do Alqueva subiu quatro metros e meio, possuindo água suficiente até ao verão de 2025. "Desde o princípio de dezembro os níveis subiram já cerca de quatro metros e meio e corremos o risco de estas declarações ficarem rapidamente desatualizadas", explicou à TSF Pedro Salema, presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA).
"Estamos hoje com um nível afluente na ordem dos 200 metros cúbicos por segundo, mas estivemos, no pico, com afluências superiores a 2500 metros cúbicos por segundo, o que significa uma piscina olímpica, a cada segundo, a chegar à barragem", acrescentou.
Ontem, um boletim divulgado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), sobre as disponibilidades hídricas nas albufeiras a 19 de dezembro, indica que, relativamente à semana anterior, houve um aumento global de 11,8% de água nas 79 albufeiras monitorizadas. Dessas, a grande maioria, 42, estava entre 81 e 100% da capacidade, 15 estavam entre 61 e 80%, e duas entre 41 e 50%.
Menos bem em termos de armazenamento de água estão 20 barragens, oito delas com uma capacidade entre os 41 e os 50%, nove albufeiras entre 21 e 40%, e três albufeiras abaixo dos 20%.
Os três casos, embora todos registem subidas de armazenamento, são as barragens de Campilhas (08%) e Monte da Rocha (09%) na bacia do Sado, e Bravura (11%), no Barlavento algarvio.
Os dados indicam, em resumo, que mais de metade das albufeiras (53%) têm disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 15% estão com menos de 40%. E que, das 15 bacias hidrográficas, sete estavam acima da média para dezembro e oito abaixo da média (de 1990/91 a 2021/22).
De acordo com os dados da APA, a bacia do Douro era a que registava um maior armazenamento, com mais de 90%, seguida das bacias do Ave, Tejo e Vouga, todas acima da média para o mês de dezembro.
As bacias do Alentejo, Mira e especialmente Ribeiras do Barlavento são as que estão com valores inferiores mais longe da média.
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