“Esta situação requer intervenção humanitária imediata e apoio contínuo às comunidades para construir a sua resiliência para o futuro”, disse o diretor do PMA para aquela região africana, Michael Dunford.
Após três estações chuvosas consecutivas, mas como menos quantidade de chuva do que o habitual, as colheitas de milhões de agricultores estão destruídas e muitos animais domésticos morreram, obrigando as famílias a abandonarem as suas casas e causando um aumento dos conflitos intercomunitários.
“As colheitas estão destruídas, o gado está a morrer e a fome está a aumentar à medida que a seca recorrente atinge o Corno de África”, disse Dunford.
O PMA alertou hoje que este cenário pode piorar nos próximos meses, pois as previsões indicam que continuará a chover abaixo da média.
De acordo com esta organização da ONU, as taxas de desnutrição são altas e continuarão a crescer se medidas urgentes não forem tomadas no sul e sudeste da Etiópia, sudeste e norte do Quénia e centro e sul da Somália.
O PMA teme uma crise humanitária como a que ocorreu em 2011, quando 250.000 pessoas morreram de fome na Somália, por isso insistiu que “é essencial uma assistência imediata” para evitar tal calamidade.
O governo queniano identificou a seca como uma “emergência nacional” em setembro de 2021 e a Somália declarou um “estado de emergência humanitária” um mês depois.
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