No período de 12 meses, de outubro de 2019 a setembro de 2020, foi registado 1,28 graus Celsius acima das temperaturas da era pré-industrial, segundo o relatório mensal do Copernicus.
Os últimos cinco anos têm sido os mais quentes já registados, colocando o planeta perigosamente perto do teto estabelecido pelo Acordo de Paris, refere o relatório.
O pacto, concluído em 2015 e assinado por cerca de 200 estados que se comprometeram a reduzir as suas emissões de gases de efeito estufa, visa conter o aquecimento global abaixo de 1,5 graus, ou na pior das hipóteses 2 graus, para limitar os impactos devastadores como tempestades, secas e outras ondas de calor.
“Globalmente, setembro de 2020 foi 0,05 graus acima de setembro de 2019, até agora o mais quente já registado”, refere o serviço europeu, acrescentando que é 0,63 graus acima da média para o período 1981-2020.
As temperaturas têm sido particularmente altas na Sibéria, com uma onda de calor que começou na primavera e que causou grandes incêndios.
O calor também foi superior ao normal no Oceano Ártico como um todo, segundo o serviço.
“A combinação de altas temperaturas recordes em 2020 e pouco gelo do mar no verão sublinha a importância de melhorar a vigilância numa região que está a aquecer mais rápido do que em qualquer outra parte do mundo”, comentou o diretor do serviço europeu de mudanças climáticas, Carlo Buontempo.
Também a América do Norte viveu um mês de setembro particularmente quente, com 49 graus registados no início do mês em Los Angeles, no estado da Califórnia que tem sido palco de violentos incêndios.
Além do mês de setembro, dados obtidos pelos satélites europeus mostram que o período de janeiro a setembro de 2020 é mais quente do que o mesmo período de 2019 – o segundo ano mais quente.
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