“As economias africanas estão a perder, em média, 5% do PIB devido às alterações climáticas, podendo chegar a 15% nalguns países”, disse o perito da UNECA sobre as alterações climáticas Linus Mofor durante um seminário sobre as parceiras e ferramentas disponíveis para aumentar a resiliência às alterações climáticas nos países menos desenvolvidos.

O encontro, organizado à margem do oitavo Fórum Regional Africano sobre o Desenvolvimento Sustentável, serviu para os participantes da UNECA, Banco Africano de Desenvolvimento e Banco Mundial debaterem a necessidade de apoiar os países africanos.

“Os participantes vincaram que sem uma ação global concertada sobre a manutenção do aquecimento global abaixo de 1,5 graus, os países africanos têm de ser apoiados com ferramentas e capacitação necessárias para integrar a resiliência climática nos enormes investimentos que serão necessários para cobrir o défice de investimento”, lê-se no comunicado enviado à Lusa.

Os países africanos são dos mais afetados pelas alterações climáticas, apesar de representarem apenas 17% da população mundial e emitirem 4% dos gases poluentes a nível mundial, salienta-se no relatório, que diz que “África é o continente mais afetado pelas alterações climáticas”.

Os países africanos “mostraram grande liderança”, vincou Mofor, lembrando que “só dois países não ratificaram o Acordo de Paris, com ambiciosos objetivos que requerem 3 biliões de dólares [2,7 biliões de euros] de investimentos para a sua implementação”.