De acordo com a fonte, o número de mortos subiu hoje de 21 para 30 e pode aumentar à medida que as buscas continuam, nos escombros das casas.
O BNGRC adiantou que há cerca de 60.000 pessoas deslocada numa altura em que muitas Organizações Não Governamentais (ONG) e agências da ONU começaram a enviar recursos e equipas para ajudar as vítimas das chuvas torrenciais e ventos extremamente fortes.
O ciclone Batsirai chegou ao país no sábado, perto da cidade de Mananjary, localizada em Fitovinany, com ventos de mais de 235 quilómetros por hora, segundo o Instituto Meteorológico Malgaxe (Météo-Madagascar).
O ciclone causou inundações, destruiu edifícios e provocou cortes de energia, entre outros danos materiais.
Especialistas alemães chegaram ao país, um dos mais pobres do planeta, para “apoiar a resposta humanitária nas áreas de passagem de Batsirai”, especifica o BNGRC, salientando que estão já a decorrer trabalhos em 20 estradas e nas 17 pontes que ficaram cortadas por causa do ciclone, isolando aldeias.
“Os campos de arroz estão danificados, as colheitas de arroz perdidas. Esta é a principal cultura do povo e a sua segurança alimentar será seriamente afetada nos próximos três a seis meses se não agirmos imediatamente”, explicou a diretora de Programa Mundial de Alimentos (PAM) no país, Pasqualina DiSirio.
Muitas ONG, incluindo as Action Contre la Faim, Handicap International, Save the Children e Médecins du Monde, foram mobilizadas para ajudar.
O ciclone atingiu Madagáscar depois da passagem da tempestade Ana, em janeiro, que matou pelo menos 58 pessoas, a maioria em Antananarivo, e afetou cerca de 131.000 pessoas em toda a ilha, de acordo com o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA).
A tempestade Ana também atingiu Moçambique (25 mortos, 220 feridos e 141.500 pessoas afetadas) e Malaui (33 mortos e 158 feridos), de acordo com a OCHA.
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