Velho de 45 anos, o navio FSO Safer não tem manutenção desde 2015, para o que contribui o facto de o Iémen estar a viver uma das piores crises humanitárias do mundo, devido à guerra que opõe forças governamentais e rebeldes Huthis.
O petroleiro, que está no porto estratégico de Hodeida, no oeste do país, no Mar Vermelho, controlado pelos rebeldes, contém o equivalente a um pouco mais de um milhão de barris de petróleo e os peritos receiam que, a qualquer momento, se parta, se incendeie ou que expluda.
A Greenpeace apelou hoje à Liga Árabe, integrada por 22 Estados, que promova “uma reunião de emergência e desenvolva esforços concertados para financiar um plano de salvamento do Safer antes que seja demasiado tarde”.
Em comunicado, a diretora da ONGA para o Médio Oriente e o Norte de África, Ghiwa Nakat, considerou “deplorável que a crise do Safer continue por resolver, devido à falta de apoio financeiro”.
Adiantou que “apenas um” Estado árabe contribuiu até ao momento, apesar de uma catástrofe os afetar “em primeiro lugar”.
Em maio, França, Reino Unido, Alemanha e Qatar e outros doadores prometeram 33 milhões de dólares para financiar operações urgentes, menos de metade dos 80 milhões que a ONU esperava.
Em caso de maré negra, a ONU estima em 20 mil milhões de dólares o custo das operações de limpeza.
A Greenpeace já adiantou que o petroleiro ameaça não apenas “a população do Iémen e dos países vizinhos”, mas também “os ecossistemas frágeis da região, nomeadamente a biodiversidade única do Mar Vermelho”.
Se o pior cenário ocorrer, a ONGA antevê “uma das catástrofes mais perigosas da história”.
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