A pandemia levou um grande número de empresas a adotar uma configuração de trabalho híbrido ou remoto como o seu novo normal, especialmente depois de observarem o aumento das taxas de produtividade e uma elevada satisfação dos colaboradores nestes modelos.
Segundo o ManpowerGroup Employment Outlook Survey referente ao quarto trimestre de 2021, 46% dos empregadores em Portugal pretende mesmo oferecer flexibilidade de horários aos seus colaboradores e 34% um local de trabalho flexível.
Nestas condições, surgem novos perfis de profissionais, com necessidades específicas no que respeita a questões de gestão, local de trabalho, tecnologia e socialização. Compreender mais sobre cada um pode ajudar as organizações a adaptarem-se e a criar um ambiente de trabalho mais colaborativo e produtivo.
Desta forma, o ManpowerGroup identifica os sete tipos de profissionais que surgem neste contexto e de que forma as organizações podem responder às suas necessidades.
Viajantes
Os colaboradores que estão, tipicamente, em funções de liderança ou que requerem viagens frequentes. Nesse sentido, muitos dividem o seu tempo entre o escritório, os escritórios dos clientes e outros espaços, onde podem trabalhar, como são exemplo, cafés ou hotéis.
O equilíbrio entre o trabalho e a saúde, o bem-estar e a família torna-se importante para estes profissionais, especialmente no pós-pandemia.
As empresas podem ajudar estes colaboradores, que estão sempre em trânsito, a sentirem-se seguros, proporcionando acesso a espaços de trabalho partilhado, de acesso controlado, tais como os que oferecem alguns hotéis ou coworks
Nómadas
Ambicionam equilibrar a vida profissional e pessoal, bem como realizar experiências e conhecer pessoas novas. Tendem a preferir ambientes que alimentam as suas personalidades extrovertidas e sentem-se mais produtivos ao estarem na presença de outros.
Estes colaboradores preferem modelos de trabalho mais flexíveis - a partir de qualquer local, como são exemplo os espaços de coworking.
Para irem ao encontro das suas preferências, as organizações podem dar-lhes a escolher primeiro o modelo em que querem trabalhar – remoto, híbrido ou presencial - e, depois, que país e região querem ter como base, disponibilizando o apoio para a sua recolocação e acesso a espaços de coworking.
Inventores
Profissionais que valorizam a colaboração presencial feita em segurança. Os inventores sentem falta do escritório, como um hub de criatividade e socialização e preferem manter os métodos tradicionais de trabalho, em vez de dependerem apenas dos dispositivos digitais.
Preferem espaços que encorajam a inovação, a aprendizagem e a formação de equipas de uma forma que a tecnologia não pode replicar. Para responder às necessidades destes colaboradores, as empresas podem oferecer uma abordagem tipo "hotelaria", em que as pessoas reservam um espaço no escritório, permitindo encontros entre pequenos grupos e com maior segurança.
Recém-chegados
São os elementos mais recentes da equipa ou aqueles que sentem que perderam parte importante do processo de onboarding, devido ao regime remoto. Geralmente, estes colaboradores acreditam que a ligação presencial é vital para iniciar um percurso de sucesso.
Para que estes profissionais se sintam mais confortáveis na organização e confiantes nas suas carreiras, as empresas devem oferecer locais físicos para formação e outras oportunidades de aprendizagem.
Pendulares
São os colaboradores habituados a realizar deslocações diárias entre casa e o trabalho, num horário tradicional, de cinco dias por semana, mas que, no pós-pandemia, esperam uma maior flexibilidade.
Para estes colaboradores, o incentivo mais acertado pode passar pela criação de espaços de escritório satélite próximos dos locais de residência, para diminuir o tempo e distância da deslocação.
Outra solução é adotar um modelo mais versátil que permita aos colaboradores dirigirem-se ao escritório apenas alguns dias por semana.
Linha-da-Frente
Profissionais da cadeia de abastecimento, da indústria, dos cuidados de saúde e de outros serviços essenciais. Embora o seu trabalho possa envolver tecnologias avançadas, as suas funções são desempenhadas maioritariamente presencialmente.
Desta forma, estes colaboradores procuram tecnologias, como por exemplo apps desenhadas à medida, como é o caso da Beekeper, que lhes permitam dar e receber informação sem necessidade de acesso direto aos sistemas e espaços corporativos.
Rotineiros
Estão habituados à rotina do dia a dia e preferem um local de trabalho fixo, que lhes proporcione um melhor controlo dos seus horários e melhores níveis de produtividade e entrega, como é o caso do trabalho remoto realizado desde casa.
Nestes espaços, esperam ter o menor nível de perturbação possível e poder permanecer no mesmo local. A pensar neste perfil, as empresas podem considerar pacotes de benefícios que incluam equipamento e ferramentas de última geração para tornar o espaço de trabalho em casa confortável e eficiente.
Independentemente do tipo de persona analisado, é da responsabilidade das empresas responder às suas necessidades e preferências, sob risco de se tornarem menos competitivas ou de perderem profissionais qualificados.
Face a esta transformação, as organizações podem beneficiar da adoção de uma estrutura mais fluida para o local de trabalho, proporcionando um maior equilíbrio e satisfação entre os trabalhadores, sem afetar negativamente o resultado final.
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