A prestação do crédito habitação é um dos maiores encargos mensais das famílias portuguesas. Por isso é importante que esteja sempre atualizado sobre as ofertas da banca, para conseguir assim reduzir assim esse valor.

A verdade é que, hoje em dia, o dinheiro está mais barato e, é possível que a taxa final que está a pagar pelo empréstimo da sua casa seja superior àquelas que estão a ser praticadas atualmente pelos bancos.

Por isso, esta mudança que economia portuguesa sofreu pode justificar (e muito) procurar rever e procurar novas condições para o seu caso e com isso poupar muitas centenas de milhares euros, especialmente se comprou casa entre 2011 e 2016.

Os spreads estão mais baixos

Esta será uma das melhores alturas para quem pretende contrair crédito ou rever as suas condições atuais, uma vez que os spreads praticados atualmente pelos bancos estão mais baixos. Para além disso, a taxa Euribor (usadas como indexantes nos contratos de crédito a taxa variável) também continua em níveis negativos.

Saiba que se tem, por exemplo, um spread superior a 1,5% pode estar a perder muito dinheiro, uma vez que já há bancos a oferecer um spread mínimo inferior a 1%?

E, mesmo que não consiga chegar ao valor mínimo praticado, é muito possível que consiga melhores condições do que as que tem neste momento.

Não é só de spread que se faz um crédito habitação

Num crédito habitação não devemos olhar apenas para o spread, uma vez que existem outros produtos e serviços associados que podem estar a encarecê-lo. Por exemplo, considera que até tem um bom spread, mas que os custos associados continuam a ser elevados? Então aqui que o pode estar a encarecer são os produtos que o banco possa ter “exigido” para lhe oferecer a tal bonificação no spread, como é o caso dos cartões de crédito.

Outra questão que deve avaliar são os seguros. Tanto o seguro de vida como o seguro multirriscos são requisitos obrigatórios exigidos pelas instituições de crédito. Contudo, não é obrigatório tê-los no banco onde tem o seu crédito habitação. Deve avaliar, fazer contas e perceber se é mais compensatório ter um spread mais baixo e um encargo com seguros elevado ou um spread um pouco mais alto, mas um custo inferior com seguros.

A redução do prazo ou da prestação no seu crédito habitação também pode significar uma enorme poupança no seu contrato de crédito. Por um lado, pode reduzir o valor da sua prestação mensal, ou optar por mantê-la, mas reduzir o prazo do contrato, ficando assim com o empréstimo mais barato.

A revisão das condições pode levar a poupanças significativas

O impacto da revisão de um contrato deste tipo, dependerá sempre das condições que tiver no seu crédito habitação e do montante de financiamento, mas se nos seguirmos pelas taxas médias identificadas pelo Banco de Portugal nas novas operações de financiamento, a poupança pode ser significativa.

Principalmente para quem comprou casa entre 2011 e 2016, altura em que o país atravessava uma crise económica e onde os bancos ofereciam piores condições aos seus clientes.

Por isso, independentemente da altura em que fez o seu crédito habitação, consultar o mercado pode revelar melhores condições do que as que tem atualmente. Mas é quase certo que se tiver o mesmo crédito há pelo menos cinco anos, poderá encontrar condições de financiamento mais atrativas.

O segredo passa por pesquisar e perceber que soluções estão a ser atualmente oferecidas pelos bancos, uma vez que poderá ter poupanças significativas. Mas não se prenda apenas no spread, porque um spread mais baixo nem sempre corresponde a melhores condições de financiamento.

E não se preocupe: quando faz um contrato de crédito habitação, não tem que ficar até ao fim no mesmo banco. Pode transferir o seu empréstimo no final do 2º ano contratual para outra entidade bancária se encontrar melhores condições junto dela.