Diversificar a carteira de investimentos é crucial para conseguir equilibrar e fazer face às oscilações do mercado de capitais. Um processo que pode ser mais simples, para um investidor comum, ao optar por aplicar o investimento num fundo.
No entanto, convém dividir o investimento entre fundos de ações (mais agressivos) e fundos de obrigações (mais moderados).
Chegamos a este ponto, para o comum dos mortais, que não é especialista em investimentos, e tudo começa a ficar mais complicado. Não necessariamente.
Existem no mercado os fundos mistos, que já têm este trabalho feito. Combinam a aplicação em ações, com potenciais de valorização elevados (mas maior risco) com as obrigações, mais estáveis.
Mas ao escolher um fundo misto, tal como é aconselhável com qualquer outro investimento, deve ter em conta os seus objectivos e perfil de risco. Porque, dependendo daquilo que o investidor pretende alcançar, e do horizonte temporal para o seu investimento, pode haver produtos mais interessantes.
Nunca é demais recordar que os mercados financeiros dependem da flutuação provocada pelo desempenho da economia e que, em momentos de crise, a queda é inevitável, principalmente ao nível das ações - os produtos com maior risco.
Por isso, é sempre aconselhável manter um fundo de emergência. Não precisa de ser dinheiro colocado debaixo do colchão, ou num frasco. Esta quantia, que deve equivaler a cerca de 4 meses de despesas habituais, também pode fazer parte da sua carteira diversificada.
Um depósito a prazo ou em Certificados de Aforro ou do Tesouro, sem risco, e que pode ser movimentado em caso de necessidade, são boas opções.
No que respeita aos fundos, depois de analisar bem o seu perfil de risco, pode optar por um Fundo Misto:
- Defensivo: dedica a maior parte da carteira aos investimentos sem risco (normalmente, menos de 30% do fundo está aplicado em ações).
- Neutro: reparte a carteira de forma mais ou menos equitativa entre ações e outro tipo de aplicações menos arriscadas (obrigações, depósitos).
- Agressivo: atribui um peso preponderante às ações que tendem a representar mais de metade da carteira.
Precisa de ter em conta ainda que o gestor de um fundo misto pode ser descrito como um treinador de futebol que, perante o desenrolar do jogo, pode reforçar a defesa (mais obrigações) ou o ataque (mais ações). Esta autonomia do gestor do fundo onde coloca o seu dinheiro é crucial mas convém esclarecer todos os pormenores logo na altura da subscrição, para não ter surpresas.
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