Trata-se de uma ferramenta que facilita o controlo das despesas mensais, incentivando a poupança e servindo de base para planificar futuros investimentos tais como comprar uma casa, poupar para os estudos dos filhos, ou planear a reforma. É preciso rigor e compromisso na forma como gere o dinheiro que ganha, ou corre o risco de acumular dívidas em consequência de gastos desnecessários.

A primeira coisa a fazer na elaboração de um orçamento é identificar todas as despesas e receitas, fixas e variáveis, para que possa calcular a incerteza mensal em torno do rendimento. Comece por identificar as despesas fixas. Estas terão de constituir a prioridade máxima no orçamento. Entre as despesas obrigatórias incluem-se a renda da casa, créditos, escolas, seguros, transportes, água, luz, telefone e gás.

De forma similar, organize as despesas variáveis. Entre elas incluem-se o dinheiro gasto na alimentação, lazer, férias e vestuário. Tratando-se de um gasto variável, é preciso simular possíveis oscilações que obrigam a ajustes mensais. Desta forma, garante que os meses com menor gasto equilibram aqueles em que os encargos excedem as receitas.

Subtraindo as despesas às receitas, o valor resultante indicará o estado da situação económico-financeira da família. Caso o resultado seja positivo, há que decidir o que fazer com o dinheiro que sobra, analisando a incerteza inerente e definindo objectivos de poupança. Caso seja negativo, é preciso reavaliar todas as despesas garantido que consegue diminuir parte dos encargos para que a situação líquida se torne favorável. Se for este o caso, defina formas de poupar e avalie anualmente os contratos que fez.

Procure seguros automóveis ou de saúde mais baratos, pacotes de televisão ou internet mais em conta e planeie formas de reduzir os consumos de água, gás e luz. Muitas empresas estão dispostas a renegociar os contratos, principalmente se encontrar serviços mais baratos na concorrência. Mas se ainda assim se encontra em situação de dívida, ou se precisa de poupar para além do que o rendimento permite, considere arranjar um part-time. Pode simplesmente aproveitar as suas capacidades profissionais para ganhar algum dinheiro extra. Se for professor, dê explicações, se sabe tocar algum instrumento ou sabe uma língua estrangeira, dê aulas particulares.

Face a uma liquidez negativa, a solução de fazer um empréstimo pessoal parece uma alternativa atractiva, representando uma injecção de dinheiro rápida nas finanças da família. Mas antes de contrair uma nova dívida, tenha em conta a taxa de esforço que tal implica. A taxa de esforço calcula-se dividindo todas as despesas pelas receitas e multiplicando por 100. Para não correr o risco de ficar sobrecarregado com empréstimos, esta não deve exceder os 40%.

Mesmo em caso de liquidez positiva, é importante definir uma estratégia de poupança e planear bem qualquer decisão financeira. Se tem objectivos que se traduzem numa despesa futura elevada, como uma viagem ou o pagamento de propinas dos filhos, é necessário planear uma estratégia para os atingir, sem que estes comprometam o pagamento das obrigações principais.

Da mesma forma, uma almofada financeira de segurança é indispensável para lidar com eventuais imprevistos. Um divórcio, perda de emprego ou doença súbita são algumas das situações que podem ocorrer de forma imprevisível. Para tal, deve tentar poupar entre 5 a 10% dos seus rendimentos todos os meses, para poder criar um fundo de emergência.

Se percebeu a ideia principal mas não sabe como a colocar em prática, existem algumas ferramentas gratuitas disponíveis na internet que o podem ajudar a organizar as despesas e a planear o orçamento familiar. Normalmente são compostas por uma folha Excel onde se inserem as despesas fixas, diárias e mensais, e onde se estabelecem metas de poupança. Da mesma forma, existe um grande número de softwares e aplicações gratuitas para o telemóvel ou tablet. Estas ajudam a monitorizar aquilo que gastou, registando todas as transações, desde um simples café, às compras mensais no supermercado.

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