Pedir um crédito a uma instituição bancária pode ser uma forma de conseguir concretizar um sonho ou atingir um objetivo de vida como estudar, comprar uma habitação ou adquirir um automóvel. No entanto, tendo em conta que muitos dos contratos de crédito implicam uma relação de vários anos (por vezes décadas) entre os consumidores e as instituições financeiras, esta deve ser uma decisão sempre muito bem ponderada, para evitar problemas de excesso de endividamento no futuro. No entanto, conheça alguns erros mais comuns no recurso ao crédito e saiba como evitá-los.
1. Não ler a proposta de crédito
Ao recorrer ao crédito é importante que esteja informado de todos os custos que resultam do pedido. Além de avaliar o impacto no seu orçamento com o pagamento mensal da prestação de crédito deve ter em conta outros pontos igualmente relevantes que constam na proposta de crédito. Este é o documento onde vai encontrar grande parte das informações legais e contratuais do seu pedido de empréstimo. Para saber quais são os aspetos que deve estar mais atento leia o artigo “Sete questões para saber ler uma proposta de crédito”
2. Não ter em conta os custos totais
Muitas vezes, os consumidores olham apenas para o valor da prestação mensal para avaliarem se a proposta de crédito é ou não interessante para os seus orçamentos. No entanto, é importante analisar todos os custos associados ao crédito, nomeadamente, a várias comissões cobradas, os seguros exigidos, os impostos que estão associados, entre outros encargos.
No caso do crédito ao consumo, por exemplo, poderá ter uma noção melhor de todos os encargos que tem de suportar analisando a Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (TAEG) e o Montante Total Imputado ao Consumidor (MTIC). No caso do um crédito à habitação deverá prestar atenção Taxa Anual Efetiva (TAE). Leia também o artigo “Conheça todos os custos do crédito à habitação”.
3. Deixar as emoções controlar as suas decisões
Muitas vezes na urgência de conseguir financiamento para a aquisição de um bem ou serviço, o consumidor pode estar demasiado emocional para conseguir pensar com clareza. Deve aprender a controlar as suas emoções, estabelecer limites na gestão do seu dinheiro e tomar atenção ao que vai assinar. Saiba que antes de tomar qualquer decisão deve reconsiderar se realmente precisa de recorrer ao crédito. Leia também o artigo ”Saiba como as emoções podem arruinar as poupanças”
4. Assinar um contrato sem perceber o que está escrito
A linguagem financeira nem sempre é de fácil compreensão: Existem alguns termos técnicos e financeiros que constam nas minutas dos contratos que podem suscitar algumas dúvidas junto dos consumidores. Mas se não compreende as informações e condições que constam numa FIN de crédito, ou mesmo no contrato de crédito, pense duas vezes antes de assinar o documento. Não se esqueça de que ao assinar está a criar um vínculo de médio-longo prazo com a instituição financeira, pelo que é fundamental que conheça todas as obrigações a que está sujeito ao abrigo do contrato de crédito assinado. Por isso mesmo, se tem dúvidas sobre alguma informação que consta na minuta do contrato procure esclarecê-las com a entidade financeira antes da assinatura do contrato. Leia ainda o artigo: “Cinco fatores a analisar numa FIN de crédito à habitação”
5. Mentir
Pequenas mentiras nem sempre têm um objetivo maldoso, no entanto, praticadas num pedido de crédito podem ter consequências sérias. Por isso mesmo, os consumidores devem “prestar à instituição de crédito informações verdadeiras e completas à instituição financeira de forma a garantir que a análise à sua capacidade de pagamento de crédito é feita da melhor forma possível”, recomenda o Banco de Portugal no Portal do Cliente Bancário. Leia também o artigo “Seis mitos que podem conduzi-lo ao sobre-endividamento”.
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