Embora seja normal pensar que dificilmente cairia em esquemas fraudulentos, a verdade é que às vezes são tão bem planeados e desenvolvidos, que se torna fácil acreditar no que lhe estão a oferecer.
Exemplo disso são os tempos em que vivemos. Dada a pandemia da Covid-19, e com os cortes severos nos rendimentos, são muitos aqueles que se aproveitam para passar por intermediários de crédito, com o objetivo de obter dinheiro das famílias e empresas. A PSP registou mesmo um aumento de 131% de burlas com fraude bancária desde o início da pandemia.
Por isso, é muito importante que esteja atento e bem informado. Para ajudá-lo, reunimos alguns fatores chave para que possa identificar estes esquemas e que o podem ajudar a evitar cair em burlas e fraudes.
1. Confirme se a entidade é um intermediário de crédito autorizado
O ponto de partida trata-se de perceber se a entidade à qual está a recorrer é mesmo uma instituição ou intermediário de crédito reconhecido pelo Banco de Portugal, através do Portal do Cliente Bancário.
Podem desempenhar a atividade de intermediário de crédito tanto pessoas singulares quanto coletivas, desde que devidamente certificados. Apenas estes podem utilizar as expressões como “intermediário de crédito”, “mediador de crédito”, “agente de crédito” ou equivalentes na sua firma ou denominação.
2. O processo de avaliação não lhe pode ser cobrado
É muito recorrente que algumas das instituições ditas fraudulentas cobrem para fazer a avaliação da situação do cliente. Se isto acontecer desconfie, uma vez que, por lei, não é permitido cobrar qualquer tipo de valor na fase de avaliação.
3. Pesquise a entidade em questão
Graças à Internet, este processo torna-se mais fácil. Pesquise informações sobre a idoneidade da empresa mediadora de crédito e procure testemunhos de clientes. Pode também recorrer a sites fidedignos, como o Portal da Queixa, para verificar se existem reclamações.
Deve ainda pesquisar os contactos num motor de busca, por exemplo, para verificar se esses pertencem, ou não, à entidade oficial.
4. Preste atenção às promessas
Embora muitas entidades concedam créditos com maior facilidade que outras, a verdade é que existem sempre vários procedimentos envolvidos para tal. Por isso, se receber uma mensagem ou um email com promessas de concessão de crédito automático ou num prazo muito curto, deve ter alguns cuidados.
Desconfie de anúncios com a linguagem: “dinheiro fácil” ou “sem burocracias” por exemplo.
5. Em caso de dúvida fale com o Banco de Portugal
Se tiver dúvidas, pode sempre recorrer diretamente ao Banco de Portugal. Até lá, e até confirmar a credibilidade da instituição, não forneça nenhum dado pessoal ou bancário.
Caso tenha a certeza que foi vítima de uma tentativa de burla, deve denunciar a situação igualmente ao Banco de Portugal e às autoridades policiais.
Mesmo que não tenha sido vítima de crime, se tomou conhecimento de que uma determinada entidade se dedica a atividades financeiras ilegais, não deixe de reportar essa situação.
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