Aprenda a meditar e a deixar-se ir...

Com um cada vez maior número de praticantes, a meditação reúne um conjunto de técnicas através das quais o indivíduo aprende a focar a sua atenção e a libertar-se do turbilhão de pensamentos que geralmente o invade.

Existem diversos tipos de meditação, mas todos têm em comum o tipo de espaço onde são praticadas (calmo), a postura (ainda que confortável é específica) e a atitude adoptada (ser capaz de permitir que as distracções, durante uma sessão
de meditação fluam, redireccionando o foco de atenção).

A concentração pode ser conseguida através da fixação do olhar em objectos como velas acesas, imagens ou através da entoação de mantras (sons). O objectivo é esvaziar a mente, criando um distanciamento em relação ao que acontece em redor, o que muitas vezes demora anos a ser conseguido.

Recorre-se à meditação não só como meio para manter o bem-estar e equilíbrio mas também em casos de ansiedade, stress, insónia, depressão, para ultrapassar sintomas físicos ou psicológicos associados a doenças crónicas, como cancro
ou patologias cardiovasculares.

Os riscos que a meditação encerra

Quando praticada de forma intensiva, há o risco de poder piorar os sintomas das doenças do foro psiquiátrico.

As descobertas da ciência

Há ainda muito por descobrir neste campo, mas sabe-se que a prática meditativa produz alterações a nível fisiológico. Os cientistas ainda se encontram a investigar a forma como a meditação actua no nosso organismo, mas acredita-se que esta prática reduz o nível de actividade do sistema nervoso simpático, responsável pelas nossas reacções perante situações stressantes (ritmo cardíaco, respiração, resposta muscular).

De acordo com um estudo publicado no jornal NeuroReport, os cérebros de pessoas que praticam meditação envelhecem mais devagar. Outras investigações descobriram que potencia a função imunitária. De acordo com cientistas da Universidade do Wisconsin, que realizaram testes em monges tibetanos, a meditação é capaz de modificar o funcionamento cerebral.

Texto: Nazaré Tocha