Somos co-criadores das nossas vivências e, por isso mesmo, aprendemos a passar de uma mentalidade vitimizadora, para uma forma vencedora de estar na vida. E assim vamos desfrutando da manifestação da mais realizada versão de nós mesmos.
A auto-estima é uma chave fundamental para uma intervenção articulada, coerente e eficaz no nosso mundo. As sociedades humanas estão, como se sabe, em acelerada mudança.
Nos países mais desenvolvidos do ocidente, uma importante mudança começou há cerca de 20 anos, cujo alcance vai transformar muito significativamente a vivência das próximas décadas.
O Estado providência está a chegar a limites que exigirão novas soluções de fundo, demandará dos nossos líderes nacionais, em todas as áreas, uma profunda e inspirada visão para o futuro.
O estado não mais poderá substituir-se massivamente ao contributo indispensável dos indivíduos, através da sua iniciativa, criatividade e responsabilidade pessoais.
Convidamos-vos a pensar a mudança perspectivando agora a sua vida para os próximos dez anos num exercício tranquilo, dando a si mesmo o direito de abarcar o máximo de possibilidades.
O que se vê a fazer, qual o cenário que o cerca, quais as suas prioridades, em que ciclo se encontra - a construir, a planear, a colher os frutos da realização, livre. Dê-se tempo para reflectir.
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Auto-estima
Auto-estima é cuidar de nós, aprender a dizer não sem nos sentirmos culpados, por que já não precisamos da aprovação dos outros para saber que somos válidos e merecedores de atenção ou de respeito.
Trabalhamos conscientemente sobre a ansiedade que tantas vezes nos impede de sermos assertivos, porque provavelmente aprendemos na nossa história a antecipar o confronto e a não aceitação dos outros, por isso se torna tão difícil mostrarmos quem somos com firmeza, mas com serenidade ao mesmo tempo.
Sabemos que qualquer progresso só é possível com confronto de ideias e pontos de vista - então, aprendemos a dizer a nossa verdade em vez de nos refugiarmos num mutismo repressivo que só traz uma paz bolorenta e ilusória às nossas relações.
Não queira pagar esse preço alto – seja cada vez mais você mesmo aprendendo a dizer firme e serenamente, não sempre, tudo o que o seu ser o ditar. As melhores relações são as que se desfrutam com quem nos sabe aceitar integralmente e respeitar as nossas opiniões, sonhos e projectos de vida.
E quando o fazemos, as nossas relações vivem saltos qualitativos maravilhosos. A auto-estima nunca pode ser confundida com egoísmo, egocentrismo, vaidade ou orgulho (no seu sentido pejorativo).
Como se distingue? Pelos frutos que uma e outros dão. A auto-estima produz confiança, esperança, iniciativa, encorajamento e progresso na nossa vida. Todos os outros semeiam isolamento, enganos, carência, dureza e todos os seus sucedâneos.
Auto-estima é cultivar os seus sonhos dando um passo todos os dias para melhorar ao nível físico, emocional, mental e espiritual. É aprender a relaxar e a desfazer as tensões emocionais que se manifestam no corpo. Auto estima é aprender a equilibrar a actividade e o repouso, no seu quotidiano.
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As suas crenças, aquilo que acredita sobre si e sobre a vida, têm poder de modelar as suas experiências de vida, as condições que vive quotidianamente. As suas crenças conduzem a sua energia física e psíquica, e toda a sua energia vital, para a manifestação daquilo que elas mesmas determinam.
As pessoas com uma boa auto-estima envolvem-se nos seus projectos, dialogam com as suas ideias, dão-se o direito de sonhar, investem tempo a nutrir a sua paixão. Permitem-se ser conduzidos pelo delicioso frenesim e pela inquietação positiva que sempre acompanha o nascimento de uma nova ideia, plano, objectivo.
Estas pessoas aprendem que é mais importante dar um pequeno passo diário rumo aos seus objectivos, do que deixar-se absorver completamente com uma ideia só para depois a largar durante um longo período de tempo. Um dos aspectos mais geradores de auto-estima, é a partilha. Saber partilhar é o princípio da felicidade.
Treine diariamente a partilha, seja de um sorriso, de uma palavra, de generosidade, de um ombro amigo, do seu tempo e energia, dos seus sucessos, da sua atenção, das suas lágrimas, dos seus sonhos e das suas grandes questões sobre a vida.
Auto-estima é acreditar que você tem o poder real de transformar a sua vida, de construir os seus sonhos trabalhando com a realidade, de ser merecedor de uma vida maravilhosa.
Saiba que há uma presença real em si - pode chamar-lhe consciência, intuição, eu superior, fé, essência divina - que é luminosa, fonte de bondade e de todas as manifestações do mais sublime em si.
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Mas, por vezes, surge aquela voz que duvida que você seja assim tão fantástico, que se culpa e se sabota, porque se limita pelas memórias negativas aprendidas no passado. Você tem a capacidade de curar essas memórias e de se libertar. Comece por estar disponível e receptivo à mudança.
Disponha-se a dar pequenos passos de cada vez. Envolva-se com o seu sonho e aprenda a cultivar diariamente os seus objectivos. Pense todos os dias pensamentos novos de gratidão, confiança e poder e assim vai mudando as suas percepções sobre si mesmo e a vida.
Auto-estima é saber viver com entrega e atenção ao momento presente; de contrário, dará por si constantemente refém das dores, dos insucessos e das desconsiderações do passado ou, por outro lado, do medo do futuro. O presente não é um compasso de espera angustiado entre as memórias sofridas do passado e as expectativas e dúvidas do futuro.
O presente é isso mesmo: um presente, uma oferta de vida palpitante, uma oportunidade única de sermos co-criadores da nossa própria vida! Nós somos hoje o resultado de todos os pensamentos, emoções e acções do passado. Seremos amanhã o que pensarmos e fizermos hoje.
Crie a partir de agora um futuro esperançoso, positivo, cheio de realização. Você é co-criador das suas experiências de vida. Assuma esse poder e faça escolhas diárias mais centradas no que é bom, útil, instrutivo e inspirador para a sua mente, coração e alma. Mudará a sua vida!
Bibliografia: "O Livrinho da Auto-estima", de Vera Faria Leal, Editora Pergaminho, 2006
Fotografia: ©Ann Mescherjakova - Fotolia.com
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