Ao longo da minha experiência profissional de duas décadas, observo que um grande número de pessoas, especialmente a partir dos 30 anos, vai perdendo gradualmente a sua ingenuidade.
Creio que este fenómeno é reforçado por determinados preconceitos e estereótipos disfuncionais da nossa sociedade consumista e hedonista. A cultura reforça uma identidade pessoal que nos afasta do nosso eu verdadeiro e da linguagem dos sentimentos.
Em algumas situações, com a ajuda dos nossos pais, da escola, da religião, da política e dos meios de comunicação social, aprendemos a reprimir e a negar a ingenuidade. A juventude é um período fértil em ideais sobre os caminhos que devíamos seguir, durante a vida, no rumo à satisfação pessoal e à alegria de viver. Todavia, as orientações e as escolhas que são oferecidas, pela sociedade, têm a tendência de ser baseadas em considerações demasiado generalistas. Crescemos frustrados e desiludidos, em vez de encontrarmos um significado para o desenvolvimento pessoal.
A ingenuidade é a ausência da malícia, do perfecionismo, da desonestidade e dos falsos moralismos. Na minha opinião, a ingenuidade possui uma ligação muito forte e intensa às atitudes, às emoções e aos comportamentos, refiro-me ao eu verdadeiro. No entanto, e apesar das evidências, em contrário, podemos sempre redescobrir o poder da ingenuidade e expressa-la livremente num contexto social seguro e de confiança.
Veja na página seguinte: o que é a ingenuidade?
Ingenuidade é:
- Simplicidade, quando a grande maioria de nós opta por complicar e pecar por excesso; queremos mais e mais…sem limites.
- Criatividade, liberdade de cometer erros e aprender o verdadeiro significado do conhecimento pessoal sobre o certo e do errado. Ausência da critica moralista e falsa.
- Espontaneidade é a auto afirmação e a ausência de verdades e regras disfuncionais que outros criaram e procuram instituir sobre ser e fazer.
- Inocência. Viver sem o sentimento de culpa e de vergonha tóxica sobre a epifania de algo trágico e dramático. Legitimar a linguagem dos sentimentos e dos ideais.
- Honestidade. Dignificar e honrar o verdadeiro eu, segundo as leis universais e espirituais: ser íntegro e coerente.
- Ingenuidade está associada ideais, às causas e aos sonhos.
Durante a semana, dê azo à sua ingenuidade de acordo com os seus ideais, valores universais, espirituais e reforce os vínculos genuínos e de confiança com pessoas que exploram a ingenuidade como você e eu.
João Alexandre Rodrigues
Addiction Counselor
http://recuperarequeestaadar.blogspot.com
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