Um pé saudável pode potenciar a performance desportiva, sendo isto conseguido através de uma harmoniosa relação e interação com as restantes partes do corpo. Esta harmonia pode ser corrompida através de más posturas, calçado inadequado, falta de alongamento, erros de treino, entre outras. Ora vamos lá rever alguns conceitos e ficar a saber um dos motivos…
O pé é constituído por 26 ossos. Sim, leu bem, temos 26 ossos em cada pé (sem alterações anatómicas), sendo 14 só nos dedos. O pé divide-se em 3 regiões conhecidas de todos nós: tarso, metatarso e falanges. Na literatura científica é mais comummente dividido em retropé (astrágalo e calcâneo), médio pé (escafóide, cubóide e cuneiformes) e antepé (metatársicos e falanges).
Temos diversos músculos, tendões e fáscias (como podem ver na figura à esquerda) que permitem a mobilidade, força e equilíbrio necessários ao desempenho de qualquer tarefa que desejemos (com o devido treino claro).
De acordo com Myers (2014), a cadeia superficial posterior (imagem à direita) inicia-se no pé (fáscia plantar e curtos flexores dos dedos - 1) e progride através do tendão de Aquiles para os gémeos - 2, isquiotibiais - 3, fascia sacrolombar, músculos paravertebrais – 4 e termina na região frontal, acima dos olhos (fascia epicraneal).
Todos nós, que treinamos por lazer, competição ou alta competição, já sentimos dores em algum ponto desta cadeia, por motivos diversos. Pois bem, esta cadeia justifica como uma dor, lombar ou na região posterior da coxa, pode estar relacionada com contraturas nos gémeos ou com rigidez e contraturas nos pequenos músculos intrínsecos do pé.
Para avaliar estes aspetos pode recorrer ao fisioterapeuta do seu clube, fazer uma avaliação e descobrir como a fisioterapia pode melhorar a sua qualidade de vida ou potenciar os resultados do seu treino desportivo.
Sara Costa
Fisioterapeuta Holmes Place Quinta da Fonte
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