Conhecida também como paludismo, esta infeção dos glóbulos vermelhos é maioritariamente transmitida através da picada do mosquito anopheles fêmea infetado

A malária é uma infeção dos glóbulos vermelhos causada pelo  plasmodium, um organismo unicelular. Existem cinco espécies de parasitas que podem infetar os humanos. O seu ciclo de vida começa quando um mosquito fêmea pica um indivíduo infetado.

O mosquito aspira sangue que contém parasitas, os quais chegam às suas glândulas salivares. Quando o mosquito pica outra pessoa, injeta parasitas com a sua saliva. Uma vez dentro da pessoa, os parasitas vão para o fígado, onde se multiplicam. Amadurecem no período de sete dias a quatro semanas e depois abandonam o fígado e invadem os glóbulos vermelhos. Os parasitas multiplicam-se dentro dos glóbulos vermelhos, o que finalmente faz com que eles rebentem.

Cerca de 300 milhões é o número de pessoas afetadas no mundo anualmente por
transmissão da malária. Em países africanos, o número de mortes ronda os
1,5 milhões. Para além da picada do mosquito, frequentemente encontrado em países tropicais, esta doença pode transmitir-se também através de uma transfusão de sangue contaminado ou por uma seringa previamente utilizada numa pessoa infetada.

Sintomas

Os sintomas iniciam-se geralmente entre sete a 35 dias depois da picada do mosquito. Começa por sentir febre ligeira e intermitente, dor de cabeça e dor muscular, calafrios e um mal-estar geral, sintomas que se confundem com a sintomatologia da gripe. Às  vezes, a malária persiste apesar de, no sangue, aparecerem números baixos de  parasitas. Os sintomas das infeções subsequentes incluem apatia, dores de cabeça  periódicas, falta de apetite, fadiga e ataques de calafrios e febre mas são consideravelmente mais ligeiros e de menor duração.

Tratamento

É importante estabelecer um diagnóstico rápido e começar o tratamento quanto antes, particularmente para a malária por plasmodium falciparum, que pode ser mortal,  tingindo 20% das pessoas infetadas. O tratamento, as complicações e o prognóstico dependem do tipo de malária e de, na zona geográfica em concreto, existirem espécies  de parasitas resistentes a alguns medicamentos. Na presença de qualquer sintoma a  pessoa deve ser examinada de imediato por um médico.

Diagnóstico

O médico suspeita da doença sempre que existirem os sintomas mais
frequentes e se, durante o ano anterior, a pessoa visitou alguma zona
endémica. A identificação do parasita numa amostra de sangue confirma o
diagnóstico.

Prevenção

As pessoas que vivem em zonas endémicas ou que viajam para lá devem
tomar  precauções.

Desde a utilização de inseticidas, colocar redes nas
portas e janelas, usar mosquiteiro sobre as camas e aplicar repelente
contra mosquitos na pele. Também devem usar roupa adequada, em
particular depois do pôr do sol, protegendo a pele o mais possível
contra as picadas dos mosquitos. É possível iniciar algum tipo de 
medicação para prevenir o paludismo durante uma viagem a uma zona
endémica. O medicamento começa a ser tomado antes e continua depois de
se abandonar a zona.

Revisão científica: Jorge Atouguia (especialista em infeciologia e medicina tropical)