Os vírus Influenza são vírus RNA da família Orthomyxoviridae, muito diferentes entre si e com elevada taxa de evolução. Estes vírus afectam o epitélio respiratório.

Devido à lesão causada nas barreiras de defesa do organismo, podem condicionar infeções bacterianas secundárias, como a pneumonia, que são as principais causas de morte pelo vírus H1N1.

A pandemia do vírus Influenza A de 2009 originou numa nova variante do vírus da gripe suína (subtipo H1N1). São as importantes variações antigénicas sofridas pelo vírus Influenza A que são responsáveis pelos graves outbreaks do vírus de Influenza e que resultam em epidemias ou pandemias. Esta situação ocorre cada 10 - 15 anos desde 1918.

A pesquisa laboratorial da presença do vírus Influenza A / H1N1 como agente etiológico da gripe A é da maior importância, na medida em que permite, por um lado a administração atempada do tratamento antiviral, nos casos necessários, e por outro, a implementação de medidas de contenção de contágio mais eficazes nos casos identificados como sendo H1N1.

Desse modo, permite o retorno mais cedo à vida laboral e social de todos os casos que não forem identificados como H1N1, diminuindo a contagiosidade.

Sintomas

O aparecimento de uma infecção respiratória aguda ou de um quadro clínico semelhante à gripe, acompanhado de febre, não permite por si só, conhecer a sua etiologia.

A febre alta pode estar presente em mais de 90% dos indivíduos infetados com o vírus influenza, assim como também nos doentes adultos afetados pelo vírus parainfluenza, rhinovírus, adenovírus, coronavírus, enterovírus, vírus sincicial respiratório (VSR) e metapneumovírus.

Dos doentes adultos, com quadro clínico sugestivo de gripe ou infeção aguda das vias aéreas, só um terço tem vírus Influenza. Os restantes doentes estarão eventualmente infetados por outros vírus respiratórios, nomeadamente pelo rhinovírus, que corresponde a cerca de 20% dos casos.

Cerca de 80% dos casos de infecções respiratórias, em crianças, corresponde a infeções pelo VSR. No atual quadro pandémico e perante a atual disponibilidade dos agentes anti-virais, deve ser feita a identificação do agente etiológico por detrás do quadro gripal, para instituição de terapêutica anti-viral em grupos de risco como as crianças, idosos, imunossuprimidos e o pessoal que trabalha na saúde.

A identificação e o tratamento precoces podem evitar o uso desnecessário de antibióticos e reduzir os internamentos hospitalares decorrentes das complicações da infeção.

Por Germano de Sousa