Qualquer pessoa pode vir a sofrer de problemas na saúde mental, alguma vez, durante a vida.

Todos os anos morrem cerca de 1 milhão de pessoas por suicídio, o que corresponde a uma morte em cada 40 segundos e mais de 90% dos casos de suicídio estão associados a doenças mentais.

Em Portugal, as perturbações neuropsiquiátricas (sobretudo depressão, perturbação bipolar, esquizofrenia e abuso e dependência de álcool) são a primeira causa de incapacidade e de carga global da doença e têm um impacto tremendo na vida diária das pessoas e de quem as rodeia.

Uma grande parte das pessoas com problemas de saúde mental, no mundo, não chega a obter qualquer tipo de tratamento. Na Europa, cerca de 50% das pessoas com depressão e mais de 90% dos doentes com abuso e dependência de álcool, não recebem tratamento.

O sofrimento psicológico e a doença mental comportam custos elevadíssimos para os próprios e para a sociedade em geral. A depressão, por si só, comparativamente com outros problemas de saúde, contribui com mais de 20% para a perda de produtividade, sobretudo associada ao presentismo, situação em que o trabalhador está a trabalhar mas, devido a problemas de saúde, desempenha um trabalho de má qualidade e com menor rendimento.

Quem sofre na pele o rótulo de “doente mental” confronta-se diariamente com obstáculos inerentes à estigmatização e discriminação associadas à doença mental, e esses obstáculos são os maiores responsáveis pela exclusão social e profissional.

É fundamental educar sobre Saúde e doença mental, em especial para os resultados que se obtêm com a terapêutica destes doentes e para o papel de todos nós na prevenção, tratamento e recuperação das doenças mentais.

Inês Pinto – Pedopsiquiatra PIN
ines.pinto@pin.com.pt

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