No seguimento da doença devem ser realizadas regularmente análises clínicas para a determinação de parâmetros de atividade da doença, na tentativa de previsão de uma eventual reativação. Estas situações podem sugerir uma mudança de estratégia no plano terapêutico.
No controlo da atividade da doença devem se realizar:
1. Hemogramas
2. Velocidade de Sedimentação (VS)
3. Função Renal ( ureia/ creatinina)
4. Anticorpos anti-dsDNA
5. Fatores do complemento C3 e C4, e se ambos normais, CH50
6. Anti-C1q para Nefropatia Lúpica
Para evitar um surto Lúpus deve:
1. Fazer consultas de rotina (sobretudo em períodos de maior stress, durante a gravidez, abortos, cirurgias,…) para reavaliar os sintomas, os sinais observados pelo médico e as análises e exames entretanto realizados, no sentido de reajustar o tratamento sempre que necessário.
2. Evitar o stress
3. Usar protetores solares e vestuário adequado para prevenir a exposição ao sol (que pode desencadear não só surtos na pele mas também surtos em outros órgãos como o rim, o pulmão,…) e evitar exposição a luz fluorescente, raios UV,…
4. Repousar adequadamente (sobretudo em períodos de maior stress).
5. Evitar esforços físicos exagerados
6. Tratar as infeções o mais precocemente possível
7. Pedir sempre aconselhamento sobre qual o melhor anticoncetivo oral ("a pílula") evitando os que têm estrogénios em altas doses e a terapêutica hormonal de substituição, usada frequentemente nas mulheres com menopausa. No entanto, os surtos podem ocorrer apesar de todos os cuidados preventivos que se possam tomar, sem razão aparente.
A gravidez e o período pós-parto podem precipitar um surto de Lúpus.
Uma doente com Lúpus e grávida deve discutir com o seu médico assistente os possíveis riscos que correrá durante estes períodos e tentar cumprir as recomendações que o médico lhe indique. A gravidez deve ser planeada e a doente deve recorrer a uma consulta pré-concecional com um médico obstetra habituado a acompanhar estas doentes.
Alguns medicamentos usados no tratamento do Lúpus não podem ser usados durante a gravidez, o que torna a consulta do médico assistente muito importante, quando a mulher está a programar engravidar ou mal saiba que está grávida.
Sempre que for possível planear a gravidez, esta deve ocorrer num período de inatividade da doença. Algumas doentes com Lúpus, sobretudo quando coexiste Síndrome Antifosfolípido podem ter alguma dificuldade em engravidar, mas hoje em dia há formas de minorar este problema.

Por Germano de Sousa