Cerca de 15% da população mundial sofre de enxaqueca, um valor mais elevado que a asma e a diabetes em conjunto, no entanto a maioria dos doentes sente que o seu problema não é reconhecido como uma doença incapacitante e, em consequência, sentem-se incompreendidos, estigmatizados e até discriminados.

A enxaqueca pode afetar pessoas de todas as idades, inclusivamente crianças, sendo três vezes mais frequente nas mulheres que nos homens.

As 10 dores mais insuportáveis do mundo
As 10 dores mais insuportáveis do mundo
Ver artigo

Em Portugal, estima-se que cerca de 1,5 milhões de pessoas sofram de enxaqueca, o que significa que, em média, todos os dias há cerca de 150.000 pessoas a sofrer uma crise de cabeça violenta, com náuseas, dificuldades de concentração, intolerância à luz, aos ruídos e aos movimentos.

Essa incapacidade impede-as de realizarem as atividades habituais do dia-a-dia – como trabalhar, fazer as tarefas domésticas ou mesmo ir à escola.

Origem genética

A enxaqueca é, assim, muito mais do que uma simples dor de cabeça e distingue-se das restantes dores de cabeça por este padrão de sintomas associados e pela incapacidade que produz.

A enxaqueca não tem uma causa externa, a sua origem é genética, existindo habitualmente vários casos na mesma família. 

Em termos económicos, para a sociedade, estas dificuldades traduzem-se num elevado custo – estimado em 27 mil milhões de euros por ano, na Europa, custos sobretudo relacionados com a perda de produtividade relacionada com as crises provocadas pela doença.

15 doenças que ainda não têm cura
15 doenças que ainda não têm cura
Ver artigo

Acresce o facto destas crises ocorrerem várias vezes por mês, de forma imprevisível. Por serem difíceis de controlar, condicionam a capacidade de quem sofre em fazer planos ou assumir compromissos. 

É importante lembrar que ter enxaqueca não é necessariamente sinónimo de uma vida de dor e incapacidade, pois há tratamentos para esta patologia, que são eficazes na maioria dos doentes. É, por isso, importante chamar a atenção para a importância e impacto desta patologia, ajudando a melhorar a qualidade de vida dos que sofrem e sensibilizar aqueles que contactam com estes pacientes, incluindo profissionais de saúde, empregadores, família, amigos e a população em geral.

É importante diminuir a estigmatização da doença.

As explicações são da médica e professora Raquel Gil Gouveia, especialista em Neurologia na CORCLINICA.

Um bocadinho de gossip por dia, nem sabe o bem que lhe fazia.

Subscreva a newsletter do SAPO Lifestyle.

Os temas mais inspiradores e atuais!

Ative as notificações do SAPO Lifestyle.

Não perca as últimas tendências!

Siga o SAPO nas redes sociais. Use a #SAPOlifestyle nas suas publicações.