O gengibre é rico em óleo essencial, fenóis, lecitinas, aminoácidos, sendo que os seus efeitos terapêuticos derivam principalmente da sinergia entre os seus constituintes fitoquímicos.

Trata-se de uma planta medicinal utilizada para o tratamento e prevenção dos enjoos (antiemético). Utiliza-se nos enjoos por movimento (nas viagens de carro ou barco), das grávidas ou causados pela quimioterapia.

Num estudo publicado no jornal Anaesthesia, 120 mulheres foram divididas em três grupos no período pré-operatório. Um grupo fez 1 g de gengibre, outro 10 mg de metoclopramida e o restante placebo.

As náuseas e vómitos foram menores nos dois primeiros grupos (27, 21 e 41% respetivamente), assim como a necessidade de antieméticos no pós-operatório (15, 32 e 38%). Num inquérito realizado na Austrália a 588 grávidas, publicado no Pregnancy and Childbirth em 2006, 11,6% afirmaram terem consumido gengibre no início da gravidez com uma eficácia de 76,8% na redução das náuseas.

Outras propriedades

No pós-operatório, é usada para evitar náuseas e enjoos, assim como na osteoartrite como anti-inflamatório. Juntamente com o sabugueiro ou a equinácia, ajuda a atuar contra gripes e constipações. Também diminui a agregação plaquetária e a síntese de colesterol. É ainda um bom aliado no tratamento de úlceras gastro-duodenais.

Administração

Utilizam-se os seus rizomas frescos ou em pó. Tomar durante as
refeições, 2 a 4 g por dia.

Para prevenir enjoos, deve ingerir 30 minutos
antes da viagem, com doses repetidas de quatro em quatro horas se necessário.

Precaução

É seguro durante a gravidez em doses até 1 g diário.

Compressa de gengibre

Esprema o suco de 50 g de gengibre fresco ralado
para um litro de água a ferver e depois junte o gengibre espremido. Deixe 10
minutos em infusão e embeba uma toalha que depois de espremida será
utilizada sobre a zona afetada. O processo é repetido sempre que a
toalha ficar morna, durante 10 a 30 minutos. É também útil em dores reumáticas
crónicas, principalmente as que agravam com o frio.