Talvez porque, para muitos de nós, a água está sempre presente na vida quotidiana e na economia, pode ser difícil imaginar que, hoje em dia, 2,4 mil milhões de pessoas vivem em países que enfrentam o desafio da escassez de água e, por conseguinte, alimentos.

"Água é vida, água é alimento. Não ​deixar ninguém para trás" é o tema de 2023 no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Alimentação.

A escassez de água é um dos principais problemas de desenvolvimento da atualidade. É essencial não ver a água como garantida e começar a melhorar a forma como a usamos nas nossas vidas quotidianas. O que comemos e como esse alimento é produzido afetam a água. Podemos fazer a diferença escolhendo alimentos locais, sazonais e frescos, desperdiçando menos - até mesmo reduzindo o desperdício de alimentos e encontrando formas seguras de reutilizá-los, evitando a poluição da água.

A água é essencial para a vida na Terra. Representa mais de 50% do nosso corpo e cobre cerca de 71% da superfície do globo terrestre. Apenas 2,5% da água é doce, adequada para beber, para a agricultura e a maioria dos usos industriais. A agricultura é responsável por 72% das captações globais de água doce, mas, como todos os recursos naturais, esta não é infinita.

Fome, um flagelo mundial

O MEO assinou em setembro uma parceria com o Movimento Unidos Contra o Desperdício (UCD) no âmbito do combate contra um dos maiores flagelos mundiais, o desperdício alimentar.

95% dos nossos alimentos são produzidos na terra e tudo começa com o solo e a água. Os números são impactantes. Se apenas um quarto dos alimentos desperdiçados mundialmente fossem doados, era possível saciar a fome de 870 milhões de pessoas.

A conclusão resulta dos dados da Organização das Nações Unidas Para a Alimentação e a Agricultura (FAO) que apontam para que um terço de toda a produção alimentar seja desperdiçada anualmente.

Luíza Galindo, Diretora de Marketing e Comunicação do MEO, destaca que é preciso "mobilizar a sociedade para hábitos que facilitem o aproveitamento de excedentes, tornando habitual a luta contra o desperdício alimentar, incentivar e facilitar a doação das sobras, bem como promover um consumo responsável".

MEO desperdício alimentar

"Assumir este compromisso é um passo natural para uma empresa que já se afirmou e conquistou o seu lugar entre os pioneiros na defesa das causas que mais impactam a sociedade. Quando, no MEO, dizemos ‘humaniza-te’, é também disto que estamos a falar; é de unir esforços em combates que são de todos e para os quais não existem soluções que não passem por esta mobilização conjunta", sublinha Luíza Galindo.

Segundos dados compilados pela Organização das Nações Unidas (ONU), 17% dos alimentos disponíveis para os consumidores em todo o mundo são deitados fora todos os anos, desperdiçando a preciosa água utilizada para os produzir. A subsistência de pelo menos 600 milhões de pessoas depende, em certa medida, dos sistemas alimentares aquáticos. E para a FAO, é inaceitável que a fome esteja a aumentar num momento em que o mundo desperdiça mais de mil milhões de toneladas de alimentos por ano.

Veja o vídeo da campanha do MEO

Água, um recurso que todos temos de cuidar

Atualmente, 2,4 mil milhões de pessoas vivem em países com dificuldade de acesso a recursos hídricos. Cerca de 600 milhões de pessoas dependem, pelo menos parcialmente, dos sistemas alimentares aquáticos para viver e estes estão a sofrer gravemente sob os efeitos da poluição, da degradação dos ecossistemas, das práticas insustentáveis e das alterações climáticas.

É tempo de começar a gerir a água com sabedoria. Precisamos de produzir mais alimentos e outros produtos agrícolas essenciais com menos água, garantindo que esta seja distribuída de forma equitativa, que os nossos sistemas alimentares aquáticos sejam preservados e que ninguém seja deixado para trás.