A clorela, conhecida cientificamente como Chlorella pyrenoidosa ou Chlorella vulgaris, é uma alga que cresce em água doce. A sua descoberta como alimento rico em proteínas deu-se no século XIX e parecia ser a resposta para a fome mundial, devido ao seu rápido crescimento. Tem sido estudada como um alimento com potenciais propriedades benéficas para a saúde humana, devido ao seu teor de vitamina C e vitaminas do complexo B. Cultivada predominantemente no Japão, tem sido utilizada em diferentes patologias. Têm-lhe sido apontados efeitos antioxidantes, antivirais e antifúngicos.

Alguns autores sugerem um efeito modulador da resposta imunitária. Outros apontam para efeitos ao nível da regulação do colesterol, da pressão sanguínea e um efeito desintoxicante no fígado. A evidência publicada, em particular em ensaios clínicos aleatórios, com um pequeno número de participantes, não confirma estes efeitos de modo a poder fazer-se uma recomendação inequívoca para o seu consumo. Os promotores do consumo de clorela louvam as suas propriedades anticancerígenas e antienvelhecimento.

São recomendados, por algumas marcas, o consumo de pastilhas de clorela numa dose diária de duas a três gramas por dia. É vendida em pó e como suplemento alimentar, pelo que há que ter cautela na sua utilização, em particular por se desconhecerem potenciais interações com fármacos ou efeitos da sua utilização prolongada. Não se conhecem reações alérgicas à clorela. No entanto, não existem estudos feitos com seres humanos em número e qualidade suficiente para garantir a sua total segurança.

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Texto: Miguel Rego (nutricionista)