Em comunicado, o Global Preparedness Monitoring Board (GPMB), órgão independente lançado em 2018 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Banco Mundial, destacou a “capacidade de resposta” que está a ser dada por muitos países e pela OMS, bem como a "transparência da China na troca de informações”.

No entanto, a organização manifestou-se "preocupada com o facto de muitos países ainda não estarem preparados" para lidar com a ameaça, apelando, por isso, aos líderes de todos os países para que tomem “as medidas imediatas para garantir que tenham as capacidades necessárias".

"Todos os países e governos locais, incluindo aqueles que não foram afetados, devem dedicar recursos com urgência ao fortalecimento das suas capacidades essenciais de preparação", indicou o GPMB, acrescentando que devem serem adotadas medidas para "prevenir, detetar, informar e responder" ao surto.

O alerta desta organização de controlo acontece no dia em que a OMS se reúne pela segunda vez numa semana para decidir se o surto do novo coronavírus constitui uma "emergência de saúde pública de interesse internacional".

O coronavírus, detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), já provocou a morte de pelo menos 170 pessoas na China e infetou mais de 7.700 outras.

Além do território continental da China, foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos da América, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Austrália, Canadá, Alemanha, França (primeiro país europeu a detetar casos), Finlândia, Índia, Filipinas e Emirados Árabes Unidos.