Catorze pessoas infetadas pelo vírus do ébola na Serra Leoa nunca chegaram a ficar doentes, constataram especialistas, quase um ano depois do fim da epidemia mais mortal desta febre hemorrágica no oeste africano.

Segundo um estudo publicado esta terça-feira (15/11), cientistas detetaram anticorpos que neutralizam o vírus ébola no sangue de indivíduos de uma localidade daquele país, indicando que foram infetados sem sequer se terem apercebido disso.

Doze das catorze pessoas disseram não ter tido nenhum sintoma durante o período de transmissão ativa nas comunidades de onde são originários. As outras duas dizem ter tido apenas febre quando o vírus se manifestou na região.

O vírus ébola, que causa febre, vómitos e diarreia severa, matou mais de 11 mil pessoas em dois anos. A Organização Mundial da Saúde anunciou este ano o fim da epidemia da doença na África ocidental.

O estudo confirma suspeitas anteriores de que a severidade dos sintomas de uma infecção pelo vírus ébola varia e que algumas pessoas não apresentam qualquer sinal da doença, destacou Gene Richardson, da Universidade de Stanford, na Califórnia, principal autor do estudo.

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