A doença celíaca ocorre quando o corpo tem uma resposta imune inadequada - muito parecida com uma alergia - ao glúten, uma proteína presente no trigo, no centeio e na cevada.

A doença danifica o revestimento do intestino delgado e não tem cura - os sintomas só podem ser evitados com a eliminação do glúten da dieta.

Se o estudo publicado esta quinta-feira (06/04) na revista Science, baseado em experiências em ratos, for confirmado em investigações com humanos, uma vacina poderá prevenir a doença celíaca, dizem os investigadores citados pela agência de notícias France Presse.

"O estudo mostra claramente que um vírus que ainda é clinicamente assintomático pode afetar o sistema imunitário e preparar o cenário para um transtorno autoimune, e para a doença celíaca em particular", disse Bana Jabri, autora principal do estudo e diretora no Centro de Doença Celíaca da Universidade de Chicago.

O estudo descobriu que vírus intestinais chamados reovírus podem fazer o sistema imunitário reagir exageradamente ao glúten, uma proteína que já é difícil de digerir.

Segundo o estudo, o vírus provoca um aumento de anticorpos que podem deixar uma "marca permanente no sistema imunitário que gera uma resposta autoimune ao glúten".

A maioria das crianças começa a comer cereais com glúten por volta dos seis meses.

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