Um novo estudo sugere que os idosos que praticam exercícios de computador que avaliam a rapidez de resposta aos estímulos visuais podem ter 29% menos hipóteses de desenvolver demência.

O estudo clínico realizado com mais de 2.800 pessoas, financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, usou um exercício específico de treino cerebral chamado "Dupla Decisão", um programa patenteado pela Posit Science que está disponível no BrainHQ.com.

Os exercícios testaram a capacidade de olhar um objeto no centro do ecrã, como um camião, e clicar num objeto que surgiu no canto, como um carro. À medida que o utilizador melhora a sua agilidade mental, os exercícios são mais rápidos e difíceis.

A ideia é exercitar a capacidade do cérebro de mudar - conhecida como plasticidade - e testar habilidades de percepção, tomada de decisão, pensamento e memória. Os autores do estudo dizem que o processo é como aprender a andar de bicicleta, uma habilidade que provoca uma mudança duradoura no cérebro.

Os participantes tinham em média 74 anos quando se matricularam no estudo Advanced Cognitive Training for Independent and Vital Elderly (Active).

Os participantes do estudo foram divididos aleatoriamente em quatro grupos: um fez exercícios de computador, um segundo fez uma série de exercícios de memória tradicionais, outro fez exercícios de raciocínio e o quarto, um grupo de controlo, não fez nada.

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"A velocidade do treino de processamento resultou num menor risco de demência ao longo do período de 10 anos de, em média, 29% em relação ao grupo de controlo", disse o autor principal, Jerri Edwards, da Universidade do Sul da Flórida.

Não houve diferenças significativas no risco de demência para os grupos de exercícios de raciocínio e de exercícios de memória tradicionais.

Os resultados foram publicados na revista "Alzheimer's and Dementia: Translational Research and Clinical Interventions".