Esta reação pode ser tão exagerada que pode levar à morte e é a principal causa de anafilaxia nas crianças. Segundo Ana Castro Neves, médica imunoalergologista, a sua prevalência tem vindo a aumentar muito nas últimas décadas sobretudo nos mais pequenos. No entanto, pode surgir em qualquer idade.
"As alergias alimentares são cada vez mais graves e complexas e é comum encontrarmos na mesma pessoa alergias a múltiplos alimentos", sublinha a especialista para acrescentar que atinge cerca de 6 a 10% das crianças e 2 a 3% dos adultos.
Segundo a médica imunoalergologista, podemos ser alérgicos a qualquer alimento e enumera os mais frequentes: nas crianças ao leite, ao ovo, ao peixe a os cereais enquanto nos adultos é mais frequente a alergia aos mariscos, frutos secos, frutos frescos e leguminosas.
Nem sempre a reação é desencadeada pela ingestão do alimento, ela pode ocorrer pela inalação dos vapores da cozedura dos alimentos ou apenas pelo contacto ao toque.
Sintomas
"O mais frequente é a reação desencadear-se minutos a poucas horas após o contacto com o alimento, designada reação imediata e os sintomas podem surgir na pele, nas vias respiratórias e no sistema gastrointestinal ou cardiovascular de forma isolada ou combinada", explica a Dra. Ana Castro Neves.
Mas também podem ser reações tardias, surgem cerca de 6 a 8 horas até 48 horas após a ingestão ou contacto com o alimento e estas são as mais difíceis de identificar e podem atrasar o diagnóstico.
"O tratamento consiste em evitar o alimento ou alimentos a que a pessoa é alérgica", afirma a médica para explicar que no caso de haver uma ingestão acidental, deve tratar-se a reação aguda.
Assim, de forma a saber a que alimento ou alimentos é alérgico, a médica defende que é importante consultar um imunoalergologista para fazer análises e exames específicos alergológicos, de forma poder ter uma alimentação saudável e segura.
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