“Os critérios de elegibilidade para a vacinação serão muito semelhantes àquilo que já foram o ano passado. Portanto, estamos a falar de pessoas com mais de 60 anos, os residentes em lares, os profissionais de saúde e os profissionais que trabalham em lares e as pessoas com menos de 60 anos, mas que têm doenças crónicas”, disse à agência Lusa o subdiretor-geral da Saúde, André Peralta Santos.

O responsável adiantou que a expectativa é conseguir vacinar entre 2 e 2,5 milhões de pessoas, assegurando que haverá vacinas suficientes para todos os que quiserem ser vacinados.

“Durante esta campanha de vacinação, aquilo que podemos assegurar é que quando iniciarmos o processo de vacinação, teremos vacinas em suficiente número de forma a termos um processo de vacinação estável”, sublinhou.

As farmácias vão administrar pela primeira vez este ano a vacina contra a covid-19, que será dada em simultâneo com a vacina da gripe.

“Queremos que o processo de vacinação das farmácias seja muito simples e só tem este critério da idade”, enquanto que para a vacinação no Serviço Nacional de Saúde serão elegíveis as pessoas com menos de 60 anos com doenças crónicas, adiantou André Peralta Santos.

Relativamente aos residentes em lares, o subdiretor-geral da Saúde avançou que a vacinação será feita no local por profissionais do Serviço Nacional de Saúde, um processo que também será “muito semelhante ao ano passado”.

Segundo o responsável, a vacina da gripe “é um pouco diferente, é uma vacina da gripe reforçada”, mas a da covid-19 é exatamente a mesma, sendo administradas nos lares para “facilitar a vacinação quer dos utentes, quer também dos profissionais que aí trabalham”.

Quanto ao agendamento da vacinação, André Peralta Santos disse que se pretende que seja “o mais simples possível” para as pessoas que têm mais de 60 anos, em que a recomendação é que a vacinação seja feita na farmácia.

Estes utentes podem agendar diretamente na sua farmácia de proximidade e estará também disponível uma plataforma de agendamento centralizado, onde podem marcar a data e a hora da vacinação.

Os que têm menos de 60 anos, mas têm uma doença crónica, e cuja recomendação é serem vacinados em unidades do Serviço Nacional de Saúde vão receber uma convocatória, através de SMS, como habitualmente, para agendarem a sua vacinação.

Questionado se pessoas como menos de 60 anos que não estão incluídos na população elegível na Campanha de Vacinação Sazonal de Outono-Inverno 2023 podem, se assim o desejarem, ser vacinados contra a covid-19, o responsável afirmou que “esse aspeto está ainda em discussão”.

André Peralta Santos apelou ainda para as pessoas elegíveis se vacinarem, afirmando que “é uma oportunidade que têm para se protegerem e passarem o inverno mais seguros”, porque são vacinas “muito eficazes, protegem muito contra a doença grave, tanto para a covid-19 como para a gripe”.

Apesar de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado o fim da pandemia covid-19, no dia 5 de maio de 2023, o Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC), sigla em inglês) mantém a indicação para a vacinação sazonal contra esta doença, com vacinas adaptadas às estirpes do vírus SARS-CoV-2 em circulação.