“Acreditamos que com o início do ano letivo possamos atingir um maior número [de crianças] e alcançar a meta”, anunciou Ramine Falume, chefe do departamento de saúde pública da cidade de Maputo, numa alusão ao arranque das aulas agendado para fevereiro.
O público-alvo são crianças com pelo menos nove anos.
Em Maputo, capital moçambicana, a campanha abrangeu até agora 1.244 crianças das 11.482 previstas, segundo os dados mais recentes das autoridades de saúde.
“O número corresponde apenas a 11% da meta estabelecida, ainda está muito aquém das expetativas”, sublinhou Falume.
Na cidade da Beira, província de Sofala, no centro de Moçambique, o objetivo é vacinar 8.840 crianças, mas apenas 454 foram imunizadas, segundo Edgar Meque, chefe de saúde pública no serviço provincial de saúde.
O número de crianças vacinadas corresponde a 5,1% do previsto, acrescentando que apesar da fraca afluência, não houve queixas de efeitos colaterais da vacina.
Segundo as autoridades de saúde, para ser vacinada, a criança deve estar acompanhada pelos pais ou encarregados de educação para confirmação dos seus dados e esclarecimento de dúvidas relacionadas com o processo.
A vacina contra o cancro do colo do útero é intramuscular e é administrada em duas doses separadas por um intervalo de seis meses.
A introdução no calendário de vacinação do país visa “reduzir os níveis de morbimortalidade pelo cancro do colo do útero”, estimando-se que Moçambique registe anualmente 5.622 novos casos, segundo o Ministério da Saúde moçambicano.
De acordo com os últimos dados oficiais, Moçambique regista por ano 4.061 mortes devido ao cancro do colo do útero, uma média de 11 óbitos por dia.
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