Vários países optaram pelo princípio da cautela e não autorizaram a imunização da farmacêutica AstraZeneca em pessoas maiores de 65 anos por falta de dados científicos sobre a vacinação neste grupo etário.

Segundo avança o jornal Público esta sexta-feira, a Comissão Técnica de Vacinação da Direção-Geral de Saúde (DGS) está a avaliar a questão e espera-se, para breve, um parecer científico, revela fonte da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed).

As primeiras 113 mil doses da vacina do laboratório britânico são esperadas em Portugal a 9 de fevereiro. A vacina foi autorizada pela Agência Europeia do Medicamento em pessoas com mais de 18 anos a 29 de janeiro.

No entanto, são vários os países em solo europeu a colocar reservas em relação ao fármaco profilático. Espanha, França, Alemanha, Suíça, Dinamarca, Noruega, Polónia, Áustria, Suécia, Itália e Países Baixos consideraram que não há provas de que a vacina seja eficaz nas pessoas com mais de 65 anos e por isso não vão administrá-la nesse grupo etário.

A União Europeia encomendou 400 milhões de doses deste imunizante, mas a farmacêutica já admitiu estar com problemas para satisfazer a entrega de todas as encomendas.

A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.269.346 mortos resultantes de mais de 104,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 13.482 pessoas dos 748.858 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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