Após ter iniciado em junho a prestação de cuidados de saúde em São Gião e Aldeia das Dez, “no âmbito de uma experiência-piloto”, a unidade foi apresentada esta quinta-feira à população da freguesia de Lourosa, disse José Carlos Alexandrino à agência Lusa.

“Pretendemos alargar este serviço a outras freguesias, sobretudo aos locais mais recônditos do concelho”, cujo acesso ao Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, “é mais difícil”, acrescentou.

Constituída por uma viatura com dois consultórios e equipamento de diagnóstico e terapêutica, a unidade móvel de saúde integra dois enfermeiros, operando ao abrigo de um protocolo entre a Câmara Municipal e a Fundação Aurélio Amaro Diniz (FAAD), proprietária de um hospital e que presta localmente serviços de saúde e de apoio à infância e terceira idade.

“O nosso objetivo é um dia termos também médicos” neste serviço móvel, afirmou o presidente da autarquia, eleito pelo PS, alegando que a falta destes profissionais no Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde “tem tido um impacto enorme” nas populações.

José Carlos Alexandrino frisou que a autarquia “não pode deixar os munícipes abandonados à sua sorte”, quando na cidade o serviço público de saúde “é absolutamente deficitário”.

Este projeto, que hoje passa a abranger também a freguesia de Lourosa, que integra uma dezena de aldeias, “é suportado financeiramente” pela Câmara Municipal, que nele prevê investir 15 a 20 mil euros por ano.

A unidade móvel, incluindo todo o equipamento, custou 110 mil euros. Sessenta por cento deste montante foi coberto pela Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra (ADIBER), com apoios comunitários do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), tendo os restantes 40% sido suportados em partes iguais pelo município e pela FAAD.