Segundo os investigadores da Universidade Lancaster, no Reino Unido, um conjunto de fármacos usado para controlar a diabetes tipo 2 também protege os neurónios atacados pela doença de Alzheimer.

Os resultados foram obtidos em ratos de laboratório, mas o tratamento "tem grandes probabilidades de ser usado contra doenças neurodegenerativas como o Alzheimer" em seres humanos, comenta Christian Hölscher, principal autor do estudo publicado na revista "Brain Research".

Uma vez que os medicamentos já foram testados e aprovados para utilização em seres humanos - para a diabetes tipo 2 - a possibilidade de chegarem mais rápido ao mercado que outros tratamentos experimentais para esta doença é maior.

Há mais de 15 anos que não se descobrem novos tratamentos para a doença de Alzheimer.

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Outros estudos tinham já estabelecido a ligação entre a diabetes tipo 2 e o Alzheimer. A condição é um fator de risco para esta doença neurodegenerativa.

Ao observar os ratos com Alzheimer a quem foi dado este medicamento, os cientistas concluíram que os fármacos estimulam as células cerebrais danificadas, protegendo-as de danos futuros.

Dessa forma, o grupo de investigadores concluem que nos ratos com Alzheimer analisados houve reversão significativa da perda de memória. Por outro lado, os cientistas encontraram também uma redução da acumulação de placas beta-amilóide no cérebro, redução da inflamação e do stress oxidativo e  redução da perda de células nervosas.