A circulação de veículos não essenciais está proibida desde as 00:00 de sábado em Wuhan, uma cidade chinesa com 11 milhões de habitantes que é o coração de uma epidemia de pneumonia viral.

A cidade foi colocada em quarentena na quinta-feira, na esperança de impedir a propagação do novo coronavírus, que foi detetado no final de 2019 e já matou 41 pessoas e contaminou quase 1.300 pacientes.

Além do território continental chinês, foram já confirmados outros casos em Macau, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul, Japão, Estados Unidos, Malásia, França e Austrália.

As autoridades chinesas consideram que o país está no ponto "mais crítico" no que toca à prevenção e controlo do vírus, tendo colocado 13 cidades em quarentena e anunciado novas medidas nacionais para rastrear o vírus em transportes públicos.

Segundo a Comissão Nacional de Saúde (CNS), serão montados pontos de inspeção para controlar a circulação dos passageiros que viajem de comboio, autocarro ou aviões.

Todos os viajantes que sejam identificados com sintomas de pneumonia serão "imediatamente transportados" para um centro médico, anunciou a CNS em comunicado citada pela agência de notícias francesa France Press.

Além disso, os meios de transporte onde sejam identificadas pessoas suspeitas serão desinfetados e as pessoas que estavam nas proximidades de um passageiro possivelmente infetado devem ser listados, ordenou o CNS.

Essas diretrizes são anunciadas enquanto a província de Hubei, no centro da China, é bloqueada por medidas de quarentena que proíbem os habitantes de deixar a região.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde anunciou a ativação dos dispositivos de saúde pública de prevenção, enquanto o Centro Europeu de Controlo de Doenças elevou para “moderado” o risco de contágio na União Europeia, continuando a monitorizar a situação e a realizar avaliações rápidas de risco.