Dos 573 transplantes renais realizados em 2010, 51 correspondem a órgãos obtidos de dadores vivos, o que representou uma subida de 8,9 por cento face ao ano anterior. Esta é uma das conclusões do Relatório Anual do Gabinete de Registo da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) apresentadas hoje no Encontro Renal 2011, que decorre em Vilamoura.
O Encontro Renal 2011 decorre até ao dia 2 de Abril, no Centro de Congressos de Vilamoura – Hotel Tivoli Marinotel, onde estão em debate os principais temas na área.
Os dados recolhidos referentes a 2010 revelam que, em Portugal, existiam 16 764 doentes em tratamento de substituição da função renal, dos quais 60,4 por cento encontravam-se a fazer hemodiálise e 35,6 por cento correspondiam a doentes transplantados.
Em 2010, iniciaram tratamento por diálise ou transplante renal 2 510 doentes (hemodiálise, diálise peritoneal e transplante), dos quais 61,4 por cento tinha mais de 65 anos.
Em relação à hemodiálise, 10 140 doentes encontravam-se a realizar este tratamento em 2010, dos quais 58,7 por cento são homens e 41,3 por cento são mulheres. A prevalência actual apresenta um aumento de 4,8 por cento em relação a 2009, sendo que a incidência de novos doentes manteve-se estável nos últimos anos variando entre 230 e 234 novos doentes por milhão de habitante por ano.
Actualmente, a idade média de doentes em hemodiálise é de 66 anos.
Nos doentes que iniciaram tratamento por hemodiálise em 2010, a principal causa da insuficiência renal era a diabetes, em 33,6 por cento dos casos e a hipertensão arterial (15,5 por cento). A taxa de mortalidade dos doentes em tratamento por diálise em 2010 (13,2 por cento) registou um valor inferior ao verificado nos últimos três anos.
No que respeita à transplantação renal, foram efectuados 573 transplantes no ano de 2010, o que corresponde a um valor ligeiramente inferior ao de 2009. Em 58,4 por cento dos casos tratava-se de doentes renais crónicos do sexo masculino e 41,6 por cento do sexo feminino.
“Estes dados revelam uma melhoria dos resultados do tratamento dos doentes com insuficiência renal crónica em Portugal o que representa uma melhoria na qualidade de vida dos mesmos”, salienta Fernando Nolasco, presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia.
01 de abril de 2011
Fonte: LPM Comunicação/SAPO
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