Em nota de imprensa, a comissão de utentes salientou que a "unidade e mobilização" da população do concelho da Marinha Grande, no distrito de Leiria, a "participação e insistência permanente (...) permitiram garantir a satisfação de uma das suas reivindicações mais importantes, o direito a ter médico de família para toda a população".
A comissão salientou ainda que o trabalho conjunto permitiu também, "contra 'ventos e marés' e contra os 'arautos da desgraça', manter o funcionamento do SAP [Serviço de Atendimento Permanente] durante as 24 horas".
"Muitos dos utentes puderam constatar, em particular no período do pico de gripes, a importância fundamental deste Serviço de Atendimento Permanente, evitando como única alternativa, aos doentes necessitados de tratamento, as filas do Serviço de Urgência do Hospital de Leiria, entupindo-o ainda mais", sublinha o comunicado.
A Comissão de Utentes garantiu, contudo, que "continuará a exigir que o funcionamento do SAP seja assegurado por médicos contratados pelo Ministério da Saúde e não por empresas particulares".
Na nota enviada à agência Lusa, esta entidade considera também "inaceitável que tenham sido deslocados, desde há vários meses, serviços médicos e de enfermagem para gabinetes sem as condições adequadas, tendo os pacientes em tratamento que aguardar nos corredores, com a promessa do início imediato das obras no centro de saúde, que estava previsto para setembro de 2018".
"Os meses passam e esta situação de 'caos' mantém-se, com as inevitáveis consequências para os utentes e para o exercício da atividade dos profissionais de saúde, existindo como única 'explicação oficial': espera do visto do Tribunal de Contas", denuncia a comissão.
A comissão manifestou ainda "solidariedade com a doutora Carolina Aires, da extensão de Saúde da Vieira de Leiria", que, durante o "exercício escrupuloso das suas funções médicas, foi alvo de injúrias e ameaças por parte de um utente".
Segundo fonte do Agrupamento dos Centros de Saúde do Pinhal Litoral, ao longo do ano de 2018 entraram cinco médicos para o Centro de Saúde da Marinha Grande e respetivas extensões, sendo quatro efetivos e um contratado.
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