Aumento do desejo sexual, mais satisfação nas relações sexuais e melhorias na ereção foram as principais mudanças registadas nos homens com disfunção eréctil submetidos a um tratamento psicológico num estudo que comparou os efeitos das terapias cognitivo-comportamentais com os resultados obtidos através de fármacos.

As conclusões do trabalho do SexLab – Laboratório de Investigação em Sexualidade Humana da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto concluem que quando não há uma causa orgânica na base da disfunção, a terapia e os medicamentos têm igual eficácia.

O programa de tratamento de 12 semanas consistiu na divisão dos participantes em dois grupos. Um deles teve acesso apenas a medicação diária e o outro a sessões semanais de terapia.

Mais de um quinto dos portugueses com disfunção eréctil

Segundo as estimativas da Sociedade Portuguesa de Andrologia, a disfunção eréctil afeta 13% dos homens em Portugal, o que corresponde a cerca de 500 mil pessoas, sobretudo com mais de 40 anos.

Os portugueses estão ainda assim entre os homens com menor taxa de utilização de fármacos para este problema, apontou um estudo internacional feito em 2012.

A dificuldade em pedir ajuda a profissionais continua a persistir. República Checa (19%), Reino Unido (18%), Portugal (12%) e Coreia do Sul (9%) foram os países onde os participantes revelaram uma menor probabilidade de recorrer a ajuda médica.

À procura de voluntários

Ao todo já há 23 homens recrutados para o estudo da Universidade do Porto, mas o SexLab gostaria de chegar aos 90 com este projeto que recebeu um financiamento de 79 mil euros da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

O laboratório está à procura interessados na zona do Porto (sexlab.fcceup@gmail.com), que tenham entre 18 e 50 anos, com dificuldades de ereção e estejam numa relação heterossexual há pelo menos seis meses. A ideia será, mais tarde, alargar o estudo para outras orientações sexuais.