O presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), que convocou o protesto, disse à Lusa que são necessárias melhores condições de trabalho e formação “para que os técnicos de emergência médica pré-hospitalar (TEPH) possam prestar um melhor serviço tal como os portugueses precisam e merecem”.
“Já esperámos tempo demais desde que foi publicada a nossa carreira em 2016. Passaram cinco anos e não há um único técnico de emergência médica pré-hospitalar formado”, sublinhou Rui Lázaro.
Nos últimos cinco anos foram contratados 240 TEPH pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que ficaram com a formação por concluir.
Perante um anúncio feito pelo INEM, no dia 20, da abertura de concurso para mais 178 profissionais, o dirigente do STEPH questiona-se se a falta de formação se irá manter.
“O INEM vai colocar estes 178 técnicos a trabalhar sem formação? Vai continuar a privar os portugueses de ter melhores cuidados de emergência médica? Vai continuar a privar-nos de conseguir salvar mais vidas? Estamos fartos de promessas e datas não cumpridas”, defendeu o responsável.
Para a TEPH do INEM Joana Amaro, a formação e melhoria das condições de trabalho são essenciais para um melhor desempenho da profissão.
“Se tivéssemos melhores condições de trabalho, mais formação, mais equipamento, seguramente conseguiríamos prestar um socorro muito mais adequado”, afirmou.
De acordo com o STEPH, há falhas de equipamento graves nas ambulâncias, não havendo sequer computadores e monitores de avaliação de sinais vitais.
“Não sei se por coincidência ou não, mas anteontem (domingo) tivemos conhecimento a nível interno de que vai ser feita a aquisição de cerca de 70 monitores a nível nacional, o que será uma mais-valia para a população e para nós que poderemos prestar um socorro melhor”, disse a TEPH Vera Santos.
O STEPH exige ainda que seja apurada a responsabilidade dos dirigentes do INEM pelos casos de vacinação indevida, que se traduziram na vacinação de mais de 200 pessoas que não eram profissionais de saúde.
No final da manifestação, o STEPH entregou um caderno reivindicativo no Ministério da Saúde para serem feitas reformas na emergência pré-hospitalar.
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