
Antes de fazer uma tatuagem temporária, informe-se se é composta por hena natural ou por hena negra. Esta última pode ser bastante perigosa para a saúde e deixar sequelas na sua pele para sempre, avisa a DECO.
"Para ter a certeza que não está a fazer uma tatuagem de hena negra, recomendamos que procure saber a lista de ingredientes. Se não lhe souberem dar qualquer informação, não faça a tatuagem", adverte aquele organismo.
Outro sinal de alerta é a cor. "A pasta de hena natural varia entre o verde-acastanhado e o castanho. Se a pasta apresentada for mais escura (negra), não alinhe. Pergunte o tempo de exposição. Recuse igualmente se lhe disserem que consegue remover o desenho após uma hora, pois trata-se de hena negra", lê-se numa nota da DECO.
Para que durem mais tempo e sejam mais escuras, são adicionados corantes naturais, como o indigno ou a parafenilenodiamina a este tipo de tinta. Este componente é uma substância química proibida em produtos de decoração da pele, porque pode provocar reações alérgicas. "Serve para alcançar um efeito mais rápido e a cor negra mais intensa da tatuagem temporária", refere a DECO.
O que pode provocar?
"Em casos mais graves, a tatuagem de hena negra causa um eczema de contacto na área tatuada ou mesmo noutras partes do corpo. O aparecimento do eczema pode ser imediato ou demorar vários dias após a aplicação da tatuagem. Regra geral, a pele fica vermelha, a comichão é intensa e formam-se pequenas bolhas que rebentam ao coçar", indica.
"A zona afetada, por vezes, tornar-se seca e escamosa. Também há casos de reações mais violentas que necessitam de intervenção médica urgente ou até de hospitalização. Recomenda-se que aos primeiros sintomas recorra a um médico", adverte a DECO.
"Algumas pessoas ficam sensibilizadas à parafenilenodiamina para sempre, o que as obrigará a estarem muito atentas no dia-a-dia", conclui.
Por outro lado, a resposta alérgica a uma segunda exposição de parafenilenodiamina pode ser mais grave porque a probabilidade de voltar a entrar em contacto com parafenilenodiamina é grande.
"Esta substância está presente, embora em menor quantidade, noutros produtos. Falamos de tintas capilares, borracha, roupa, sapatos, protetores solares e até medicamentos", explica a DECO.
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